A edição de hoje da revista The Economist trata das eleições
presidenciais americanas e exibe um título de primeira página que explica why it has to be Joe Biden, ou porque
tem que ser Joe Biden, com base numa análise comparativa entre o King Donald e o President Joe.
Começando por salientar que os Estados Unidos estão hoje
mais divididos e mais infelizes do que em 2016 quando Trump foi eleito,
sobretudo pelas 230 mil mortes causadas pelo covid-19 e pelas confusões, disputas e mentiras que ele introduziu
na vida quotidiana dos americanos, mas o candidato Joe Biden representa uma
esperança e uma hipótese de restaurar a estabilidade e a civilidade da Casa
Branca, mas também para reconstruir e unir um país dividido. É por isso que o The Economist afirma que, se votasse,
daria o seu voto a Biden.
A revista faz depois uma análise dos dois candidatos. Sobre
Donald Trump afirma que, nos últimos quatro anos, ele profanou repetidamente os
valores, os princípios e as práticas que fizeram dos Estados Unidos um paraíso
para os americanos e um farol para o mundo. A característica mais
impressionante da sua presidência tem sido o seu desprezo pela verdade, a sua
indiferença pela democracia que jurou defender e a forma como tem
ridicularizado a ciência e as suas recomendações, sendo incapaz de ver para
além da sua própria reeleição. Relativamente a Joe Biden, a revista começa por
dizer que a fasquia para bater Trump não é muito alta e que ele é uma boa
aposta para começar a reconciliar os americanos, muito divididos pela polarização
racial e pela desigualdade económica que estão a minar a unidade nacional, mas
é também um multilateralista que, ao contrário de Trump, procura consensos e
evita os confrontos.
A revista termina o seu texto dizendo que “Mr. Trump must
be soundly rejected”. Vamos a ver.