segunda-feira, 26 de agosto de 2019

Plácido Domingo: a ovação em Salzburgo

O tenor espanhol Plácido Domingo, que actualmente conta 78 anos de idade, foi recentemente acusado nos Estados Unidos por supostamente ter assediado sexualmente nove mulheres, das quais sete nem sequer se identificaram.
Este tipo de acusações contra figuras proeminentes e ricas é comum no país mais poderoso do mundo, mas o senso comum percebe sem dificuldade que, muito provavelmente, se tratam de tentativas de extorsão que é uma prática comum numa sociedade em que o dinheiro é o valor mais importante de tudo.
Nestes casos de assédio sexual, real ou fictício, a moralidade americana é ridícula e extravagante, regendo-se por padrões muito diferentes dos padrões europeus e da cultura latina, chegando a haver acusações que resultam apenas de olhares ou de piropos, nem sempre mal intencionados.  Por isso, de vez em quando lá aparece na América mais um caso em que um indivíduo rico e famoso é vítima de uma acusação dessas. Foi assim, por exemplo, com Dominique Strauss-Kann, o antigo director do FMI e potencial candidato à Presidência da República Francesa, foi assim com Cristiano Ronaldo que foi e é o melhor futebolista do mundo e é, agora, com Plácido Domingo, considerado a maior estrela da ópera internacional. Todos eles são estrangeiros, estiveram na América e são ricos, pelo que são alvos interessantes para quem vive de extorsões e de indemnizações por tudo e por nada. Não sei se são culpados ou não das acusações que lhes têm feito, mas o facto é que lhes têm saído caras sob todos os pontos de vista.
Ontem Plácido Domingo apareceu pela primeira vez num espectáculo desde que surgiu a acusação e o público do Festival de Salzburgo ovacionou-o de pé antes e depois da sua actuação. Alguns jornais espanhóis, como por exemplo La Razón, juntaram-se ao público de Salzburgo e também aplaudiram o tenor.