O tenor espanhol
Plácido Domingo, que actualmente conta 78 anos de idade, foi recentemente acusado
nos Estados Unidos por supostamente ter assediado sexualmente nove mulheres,
das quais sete nem sequer se identificaram.
Este tipo de acusações contra figuras proeminentes e ricas é comum no país mais poderoso do mundo, mas o senso comum percebe sem dificuldade que, muito provavelmente, se tratam de tentativas de extorsão que é uma prática comum numa sociedade em que o dinheiro é o valor mais importante de tudo.
Este tipo de acusações contra figuras proeminentes e ricas é comum no país mais poderoso do mundo, mas o senso comum percebe sem dificuldade que, muito provavelmente, se tratam de tentativas de extorsão que é uma prática comum numa sociedade em que o dinheiro é o valor mais importante de tudo.
Nestes casos de
assédio sexual, real ou fictício, a moralidade americana é ridícula e extravagante,
regendo-se por padrões muito diferentes dos padrões europeus e da cultura
latina, chegando a haver acusações que resultam apenas de olhares ou de piropos, nem sempre mal intencionados. Por isso, de vez em quando lá aparece na América mais um
caso em que um indivíduo rico e famoso é vítima de uma acusação dessas. Foi
assim, por exemplo, com Dominique Strauss-Kann, o antigo director do FMI e
potencial candidato à Presidência da República Francesa, foi assim com
Cristiano Ronaldo que foi e é o melhor futebolista do mundo e é, agora, com
Plácido Domingo, considerado a maior estrela da ópera internacional. Todos eles
são estrangeiros, estiveram na América e são ricos, pelo que são alvos interessantes
para quem vive de extorsões e de indemnizações por tudo e por nada. Não sei se
são culpados ou não das acusações que lhes têm feito, mas o facto é que lhes
têm saído caras sob todos os pontos de vista.
Ontem Plácido
Domingo apareceu pela primeira vez num espectáculo desde que surgiu a acusação
e o público do Festival de Salzburgo ovacionou-o de pé antes e depois da sua
actuação. Alguns jornais espanhóis, como por exemplo La Razón, juntaram-se ao
público de Salzburgo e também aplaudiram o tenor.