A edição de ontem
do jornal Tribuna de Macau, destaca as cerimónias de Fátima com um
fotografia na sua primeira página. O facto merece registo, pois a vertente
religiosa é uma das expressões da lusitanidade que se podem encontrar em
algumas regiões asiáticas, designadamente na Índia e na Indonésia, mas também
em Macau e Timor, onde ainda se reza em português.
No caso da
fotografia publicada pelo jornal macaense pode ver-se a procissão e três
crianças macaenses que interpretam as figuras dos pastorinhos de Fátima.
Esta manifestação
de fé e esta procissão resultam da actividade da Diocese de Macau, que foi
criada pelo Papa Gregório XIII em 1576 e que, inicialmente, esteve vinculada ao
Padroado Português do Oriente e foi sufragânea da Arquidiocese de Goa, com
jurisdição eclesiástica sobre a China, o Japão e ilhas adjacentes, mas que
actualmente está na dependência imediata da Santa Sé e abrange apenas o
território da Região Administrativa Especial de Macau.
O último bispo de
origem portuguesa foi D. Arquimínio Rodrigues da Costa, cujo bispado ocorreu
entre 1976 e 1988, mas desde 2016 que o titular da diocese é o bispo chinês D.
Stephen Lee Bun-sang.
A Diocese tem
cerca de 30 mil católicos de muitas origens culturais, muitos dos quais são
devotos e celebraram as aparições de Fátima.