As fake news parecem estar na moda e são, cada vez
mais, um perigo para a democracia e para o modelo social em que vivemos. Esta
afirmação é actualmente recorrente e Le
Nouvel Observateur
ou L’OBS,
que é a mais importante revista de informação francesa, dedica a capa da sua última edição ao tema das notícias
falsas ou mentirosas que estão a corromper a nossa forma de vida, sobretudo
depois de se terem instalado nas novas plataformas digitais e, em especial, no facebook e nos blogues ditos
especializados, que se disfarçam de jornais digitais. A revista francesa trata
o tema como “le cancer des fake news”,
ou como "la maladie contemporaine des fake news".
Se poucos
acreditam em alguém que esteja na rua a falar de cara tapada e com a voz
distorcida, há pelo contrário, muita gente, incluindo muitos milhares de
portugueses, que aceitam ler, que acreditam no que lêem e até reproduzem o que
encontram escrito no facebook e em
muitos outros sites de desinformação
anónimos que estão a proliferar.
Porém, as fake news não apareceram nos anos mais
recentes com a internet, nem são exclusivas dos nossos dias, nem apenas do mundo digital. Antigamente eram os boatos e agora são as fake news.
Os jornais impressos e as televisões de referência também usam as fake news e, todos recordamos, as mentiras que levaram ao bombardeamento de Belgrado pela NATO (1999), a invasão do Iraque pelos Estados Unidos (2003) ou os alegado uso de armas químicas contra civis pelo regime de Bashar el-Assad (2012), mas também os casos mais recentes dos pasquins que em Portugal usam as fake news para condenar sem julgamento ou para fazer assassinatos de carácter na opinião pública, sem um mínimo de investigação credível.
Os jornais impressos e as televisões de referência também usam as fake news e, todos recordamos, as mentiras que levaram ao bombardeamento de Belgrado pela NATO (1999), a invasão do Iraque pelos Estados Unidos (2003) ou os alegado uso de armas químicas contra civis pelo regime de Bashar el-Assad (2012), mas também os casos mais recentes dos pasquins que em Portugal usam as fake news para condenar sem julgamento ou para fazer assassinatos de carácter na opinião pública, sem um mínimo de investigação credível.
As fake news espalham-se rapidamente pelas
pessoas e grupos sociais que têm as mesmas crenças (políticas, religiosas,
desportivas ou outras), com as mensagens falsas e mentirosas a circular e a
amplificar-se, não por serem verdadeiras, mas apenas porque reforçam essas mesmas crenças.
Assim terá sido eleito Trump e Bolsonaro, assim se alimentam diariamente os adeptos dos grandes clubes desportivos portugueses e, assim, acabarão por ser influenciados os resultados das eleições que se aproximam.
Assim terá sido eleito Trump e Bolsonaro, assim se alimentam diariamente os adeptos dos grandes clubes desportivos portugueses e, assim, acabarão por ser influenciados os resultados das eleições que se aproximam.