A 27ª Conferência
das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, ou a COP27, concluiu os seus
trabalhos em Sharm El Sheikh, depois de terem sido prolongados e terem obrigado
a muitas horas suplementares de negociações.
Ontem, quando foi anunciado o
encerramento da COP27 houve duas reacções distintas: uns reclamaram que se
tinha conseguido um acordo histórico para a criação de um fundo destinado a
ajudar os países mais vulneráveis que são afectados pelas alterações
climáticas, enquanto outros criticaram o facto de não terem sido tomadas
decisões sobre as questões urgentes, como a redução das emissões ou da
utilização de combustíveis fósseis.
De entre estes, destaca-se António
Guterres, o secretário-geral das Nações Unidas, que lamentou a falta de ambição
da COP27 no que respeita à redução das emissões de gases com efeito de estufa
que, na sua opinião, era um tema urgente e inadiável. No mesmo sentido foram as
posições da União Europeia que também criticou a falta de ambição em relação à
redução das emissões de gases com efeito de estufa no acordo agora aprovado. Essa
é, também, a posição do diário francês Libération que, na sua edição de
hoje, destaca que a urgência tem que esperar, enquanto o jornal Público destaca que o acordo não chega para tirar o planeta da "auto-estrada" para o inferno.
Perante as
conclusões da COP27, que ficaram muito aquém das expectativas, parece que o seu
ponto alto foi a participação entusiástica e mobilizadora do presidente eleito
do Brasil, que trouxe o seu país de volta ao convívio das nações.