Numa mensagem ao
Congresso dos Estados Unidos proferida em 1823, o presidente James Monroe
definiu os pontos essenciais da política americana contra a interferência
europeia no continente americano. Esses princípios ficaram consagrados na
história como a Doutrina Monroe e
estabeleciam que os países do continente americano “não podem ser susceptíveis
de colonização por nenhuma potência europeia”, ou mais simplesmente, anunciavam
a "América para os americanos".
Nos finais do século XIX, os Estados
Unidos tornaram a Doutrina Monroe num
instrumento do seu imperialismo e passaram a intervir militar, política e
economicamente um pouco por todo o continente e, sobretudo, na região das
Caraíbas. Assim nasceu o conceito de “quintal dos Estados Unidos”, significando
a sua área de influência e de interesse estratégico na América Latina. Depois
da 2ª Guerra Mundial este conceito evoluiu e os interesses dos Estados Unidos
tornaram-se globais.
Agora, ainda
antes de assumir a presidência dos Estados Unidos, veio o Donald Trump mostrar
apetência pela compra da Gronelândia (our
land), pela anexação do Canadá (51st
state), pela ocupação do canal do Panamá (Panamaga) e pela mudança de nome do Golfo do México (Gulf of America).
A edição de hoje
do jornal New York Post chama Donroe Doctrine a estes apetites, ou a esta Trump’s vision for the hemisphere, isto é, a esta mistura da Doutrina Monroe com as ideias do Donald.
Assim vão as coisas, ainda antes que Donald Trump tome posse e ocupe a Casa Branca.