terça-feira, 3 de dezembro de 2019

A Nazaré é a capital das ondas gigantes


As ondas gigantes da Nazaré, ou antes, as ondas da chamada praia do Norte da Nazaré, tornaram-se um atractivo para os surfistas que apreciam os grandes desafios, para o público que gosta de grandes espectáculos e para os media que precisam de atrair leitores com notícias e imagens aliciantes. Ano após ano, sobretudo depois de 2011, as ondas e a vila da Nazaré atraem cada vez mais surfistas que procuram as ondas gigantes formadas no canhão da Nazaré, um desfiladeiro submarino de origem tectónica situado ao largo daquela área costeira. A fama mundial destas ondas começou em 2011 quando o surfista norte-americano Garrett McNamara surfou uma onda de 23,77 metros, entrando para o Guiness Book como o homem que surfou a maior onda de sempre no mundo.
McNamara tornou-se o ídolo dos nazarenos, colocando a vila piscatória e a apreciada praia da Nazaré, também no mapa do surf mundial. Desde então, entre Novembro a Fevereiro, os especialistas convergem para a Nazaré, onde pela primeira vez se vai realizar o Nazaré Tow Surfing Challege, que a Liga Mundial de Surf prevê vir a ser um grande evento do surf mundial e que vai atrair muitas equipas internacionais.
Actualmente, o recorde da maior onda do mundo é de 24,38 metros e foi obtido em Novembro de 2017 pelo brasileiro Rodrigo Koxa, enquanto o recorde feminino foi conseguido em Outubro de 2018 pela brasileira Maya Gabeira que surfou uma onda de 20,72 metros, tendo ambos sido obtidos na Nazaré. O apuramento e a homologação destes resultados são feitos em Maio de cada ano pela Big Wave Awards da World Surf League, o que lhes confere a credibilidade necessária.
Na sua edição nº 6081, hoje publicada em Paris, o jornal Le Petit Quotidien, que se destina a um público jovem e que oferece “dez minutos de leitura por dia”, destaca na sua primeira página as espectaculares ondas da praia do Norte da Nazaré. Uma promoção internacional para a capital mundial das ondas gigantes!

Mais um grande prémio para Lionel Messi


O desporto é uma actividade nascida (ou ressuscitada) em finais do século XIX, mas só no último meio século, depois do aparecimento da televisão, é que se transformou num fenómeno social à escala global, apoiado num poderoso motor de inúmeras indústrias e interesses que em torno dele se movem.
Poucos são indiferentes ao fenómeno desportivo, quase sempre alimentado por rivalidades que chegam a parecer-se com os confrontos das guerras medievais e que, muitas vezes, ultrapassam as fronteiras da racionalidade. Assim acontece, por exemplo, com as rivalidades entre o Benfica e o Sporting ou entre o Barcelona e o Real Madrid, mas também entre o Nicolau e o Trindade, o Schumacher e o Senna, o Federer e o Nadal e, naturalmente, entre o Cristiano Ronaldo e o Lionel Messi que, há mais de dez anos, rivalizam na conquista do troféu de melhor futebolista do mundo.
Ontem o argentino Lionel Messi foi distinguido pela sexta vez com o Ballon d’Or, repetindo o prémio conquistado em 2009, 2010, 2011, 2012 e 2015, enquanto Cristiano Ronaldo, o vencedor desse prémio em 2008, 2013, 2014, 2016 e 2017, ficou apenas em terceiro lugar. Provavelmente, o artista Messi ainda é melhor do que o artista Cristiano...
Alguns portugueses ficaram decepcionados, pois ninguém tem dúvidas de que Cristiano Ronaldo é um futebolista de eleição e que é o mais famoso português de todos os tempos, com uma notoriedade mundial que “envergonha” tanto Vasco da Gama e Camões, como Saramago e Marcelo Rebelo de Sousa. Por isso, há em Portugal quem fique triste por ver Messi superar Cristiano, mas não é caso para isso. Nos dez melhores futebolistas do mundo há dois portugueses, coisa que nenhum outro país do mundo tem. Além disso, nos trinta melhores futebolistas do mundo há três portugueses e nesse grupo não há espanhóis, nem italianos, nem suiços, nem gregos, nem russos, nem americanos. Para a tribo do futebol lusitano isto deve ser suficiente para que todos fiquem orgulhosos e satisfeitos.