terça-feira, 3 de dezembro de 2019

Mais um grande prémio para Lionel Messi


O desporto é uma actividade nascida (ou ressuscitada) em finais do século XIX, mas só no último meio século, depois do aparecimento da televisão, é que se transformou num fenómeno social à escala global, apoiado num poderoso motor de inúmeras indústrias e interesses que em torno dele se movem.
Poucos são indiferentes ao fenómeno desportivo, quase sempre alimentado por rivalidades que chegam a parecer-se com os confrontos das guerras medievais e que, muitas vezes, ultrapassam as fronteiras da racionalidade. Assim acontece, por exemplo, com as rivalidades entre o Benfica e o Sporting ou entre o Barcelona e o Real Madrid, mas também entre o Nicolau e o Trindade, o Schumacher e o Senna, o Federer e o Nadal e, naturalmente, entre o Cristiano Ronaldo e o Lionel Messi que, há mais de dez anos, rivalizam na conquista do troféu de melhor futebolista do mundo.
Ontem o argentino Lionel Messi foi distinguido pela sexta vez com o Ballon d’Or, repetindo o prémio conquistado em 2009, 2010, 2011, 2012 e 2015, enquanto Cristiano Ronaldo, o vencedor desse prémio em 2008, 2013, 2014, 2016 e 2017, ficou apenas em terceiro lugar. Provavelmente, o artista Messi ainda é melhor do que o artista Cristiano...
Alguns portugueses ficaram decepcionados, pois ninguém tem dúvidas de que Cristiano Ronaldo é um futebolista de eleição e que é o mais famoso português de todos os tempos, com uma notoriedade mundial que “envergonha” tanto Vasco da Gama e Camões, como Saramago e Marcelo Rebelo de Sousa. Por isso, há em Portugal quem fique triste por ver Messi superar Cristiano, mas não é caso para isso. Nos dez melhores futebolistas do mundo há dois portugueses, coisa que nenhum outro país do mundo tem. Além disso, nos trinta melhores futebolistas do mundo há três portugueses e nesse grupo não há espanhóis, nem italianos, nem suiços, nem gregos, nem russos, nem americanos. Para a tribo do futebol lusitano isto deve ser suficiente para que todos fiquem orgulhosos e satisfeitos.

2 comentários:

  1. Olha que há dois espanhóis: Sérgio Ramos e Isco.

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  2. Embora não alinhando em qualquer teoria da conspiração, julgo que se o CR fosse espanhol, francês, inglês ou alemão, o resultado no confronto com o outro génio do futebol seria diferente.

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