sábado, 22 de dezembro de 2018

O solstício e o banho de mar nocturno

Ontem, dia 21 de Dezembro, aconteceu o solstício, isto é, o momento em que durante o seu movimento aparente, o Sol mais se afasta do Equador ou, como se diz em astronomia, tem a sua máxima declinação.
Com o solstício, no hemisfério norte começou o Inverno e tivemos a maior noite do ano, enquanto no hemisfério sul começou o Verão e, por exemplo, os brasileiros tiveram o maior dia do ano. No hemisfério norte, independentemente das alterações climáticas, nós temos o frio e a neve. No hemisfério sul, eles têm o calor e a atracção pelo mar e pelas praias.
O jornal O Globo, que se publica no Rio de Janeiro, destacou a ocorrência do solstício e a chegada do Verão, tendo publicado uma interessante fotografia da praia de Copacabana, na qual se pode observar uma multidão de banhistas a aproveitar uma noite de luar para usufruir dos 25 graus de temperatura das águas, sem ter que suportar o calor tórrido que ocorre durante o dia.
Parece que estes banhos, que sempre aconteceram, se estão a tornar uma nova moda nas praias do Rio de Janeiro, sobretudo nas noites de luar. São, naturalmente, a nossa inveja.

Madrid e Barcelona voltam ao diálogo

A questão catalã teve alguns desenvolvimentos nos últimos dias, com destaque para o encontro entre Pedro Sánchez e Quim Torra, isto é, o presidente do governo de Madrid e o presidente da Generalitat de Barcelona, como resultado de um convite feito por Pedro Sánchez, aproveitando a realização de um Conselho de Ministros em Barcelona. Neste encontro, que Madrid classificou como encontro informal e Barcelona considerou uma reunião bilateral, os dois políticos e as suas equipas conversaram sobre um plano para melhorar os canais de diálogo entre as duas partes no sentido de minimizar o radicalismo independentista e levá-lo para um patamar de discussão democrática.
Como se esperava, pouca coisa saíu deste encontro para além do reconhecimento de que existe realmente um conflito com diferentes perspectivas sobre a sua origem e sobre as vias de solução. Porém, a vontade de continuar a conversar ficou bem expressa e isso abriu um novo capítulo deste processo, que tinha sido encerrado com Rajoy e Puigdemont. Isso é muito positivo.
O encontro teve reacções bem diversas e extremadas: para uns foi início de um processo de diálogo democrático sobre o futuro da Catalunha e a unidade da Espanha, mas para outros foi uma cedência e uma humilhação perante “um fascista e um golpista como é Torra”. Daí que, Albert Rivera e Pablo Casado, os líderes dos Ciudadanos e do Partido Popular se tivessem unido contra “este acto de traição à Espanha”.
A fotografia de Sánchez e Torra ilustrou a imprensa espanhola, nomeadamente o conservador ABC, e ficará a marcar o futuro do processo catalão. No entanto, Pedro Sánchez "invadiu" o território da Catalunha e até lá realizou uma reunião do Conselho de Ministros, coisa que Mariano Rajoy nunca ousara fazer.