A Primeira Guerra
Mundial começou no dia 28 de Julho de 1914 com a invasão austro-húngara da
Sérvia e terminou no dia 11 de Novembro de 1918, com a capitulação da Alemanha.
Faz amanhã 100 anos!
Nessa guerra
envolveram-se todas as grandes potências organizadas em torno de duas alianças:
de um lado a Tríplice Entente
(Grã-Bretanha com as suas possessões da Índia, Austrália, Canadá e África do
Sul, a França e a Rússia, a que se juntaram depois Portugal, o Brasil e os
Estados Unidos) e do outro a Tríplice
Aliança (Alemanha, Áustria-Hungria e Império Otomano). A guerra alastrou a
todo o mundo e morreram mais de vinte milhões de pessoas, incluindo mais de
nove milhões de combatentes. O mapa da Europa foi redesenhado e os grandes
impérios Alemão, Russo, Austro-Húngaro e Otomano deixaram de existir. Neste fim
de semana, em todo o mundo, decorrem cerimónias evocativas dos heróis e dos
mortos e o jornal Le Figaro destaca exactamente essa efeméride.
Portugal foi um
participante activo na guerra, não só na frente da Europa ocidental, mas também
nas suas fronteiras sul de Angola e norte de Moçambique, tendo perdido quase
dez mil homens em consequência da impreparação das tropas para combate e da
doença. Portugal ficou emocionado e de luto e por todo o país foram edificados
memoriais “aos “mortos da Grande Guerra”.
A participação portuguesa
na guerra de 1914-1918 tem sido devidamente estudada nos meios académicos e
militares e no passado dia 4 de Novembro, uma grande para militar, assinalou a
efeméride em Lisboa. Nenhum jornal português dedicou um espaço de primeira página ou uma reportagem
a esse evento que mostrou, através da televisão, a grandeza e a solidez da
instituição militar como um pilar da Democracia. Inversamente, algumas figuras femininas da política e do jornalismo têm-se mostrado
absolutamente irresponsáveis na forma como procuram atrair as Forças Armadas
para a sua área de sensacionalismo.