O Presidente
Emmanuel Macron acaba de fazer uma visita oficial aos Estados Unidos e, de
acordo com as imagens que foram divulgadas pelas agências noticiosas, o
Presidente Donald Trump recebeu-o com grande proximidade e simpatia.
Não admira esta
paixão repentina. O Donald precisa de ter amigos e nada melhor do que um compatriota
do Marquês de Lafayette, o francês que foi um dos braços direitos de George
Washington na Revolução Americana, enquanto com esta visita o Emmanuel aproveita esta oportunidade
para brilhar, mesmo que tenha que esquecer o que há tempos disse do Donald quando
ele denunciou os acordos de Paris. É a realpolitik e o preço foi apenas o lançamento de uns mísseis contra a Síria.
Naturalmente, o Donald
e o Emmanuel foram as vedetas desta visita oficial e abraçaram-se, beijaram-se
e apareceram em público de mãozinha dada, como hoje mostra a edição do The
Independent. O diário The Times escolheu para título "La grande séduction" e escreveu-o em francês. Nem a Melania, nem a Brigitte, lhes chegaram aos
calcanhares, apesar de terem aparecido exuberantes, com vestimentas novas e do melhor que os
mais famosos costureiros produzem.
Os dois
presidentes têm pouco em comum, mas cada um deles serviu-se do outro. Depois do
apagado François Hollande, a França tem agora um Macron inteligente e ambicioso
a querer liderar a Europa, embora não pareça que os franceses gostem desta
amizade. Vamos agora esperar para ver como é que os parceiros europeus de
Macron e a própria opinião pública francesa vão reagir a esta sua inesperada
atracção pelo trumpismo.