A jovem que desde
Março dirige o CDS tem feito tudo para dar nas vistas e não se cansa de
aparecer por toda a parte para falar, para opinar e para criticar. Fala por
tudo e por nada. Precisa de notoriedade. Procura-a incansavelmente. É uma necessidade básica de quem não
sabe quanto vale em termos eleitorais, mas que não deve andar longe dos 5%. É
difícil sair desta irrelevante fasquia que só serve para ser muleta dos outros,
até porque o povo tem memória e não esquece que Assunção Cristas também foi
responsável pela brutal austeridade e pelo empobrecimento que foi imposto aos
portugueses. Além disso, ela também quis ir além da troika e esteve sempre ao lado do irrevogável Portas a dar o dito
por não dito. Sabendo que nem o seu passado partidário, nem o seu projecto
político têm o apoio do eleitorado, a moça adoptou uma estratégia populista
para dar nas vistas. Vai daí, vestiu um vestido curto estampado com kiwis e
posou numa fotografia artístico-sexy, digna da capa de uma qualquer revista cor-de-rosa.
Para quem aspira ao poder, era difícil fazer pior.
Um antigo
deputado do seu partido de nome Raúl Almeida deve ter visto a fotografia e não
se calou, tendo dito que “há um certo culto da personalidade e da frivolidade
de uma presidente que está nas revistas cor-de-rosa quando o país
está a arder“, acrescentando que o futuro do seu partido
depende da forma como aquela jovem
se comportar enquanto presidente do CDS e “não
como uma atriz de telenovelas” e que “é muito importante que
não confunda a rentrée com a silly season”.
O assunto só pode
interessar aos tais 5% mas, de facto, é muito divertido verificar como o estilo
telenovela entra na política portuguesa.