sábado, 9 de janeiro de 2021

É o princípio do pior ou do melhor?

Depois de uma certa euforia que se verificou com a chegada das primeiras vacinas contra o covid-19, as últimas notícias têm sido devastadoras e preocupantes. Ontem foi anunciado que nas últimas 24 horas houve 10.176 de novos casos de pessoas infectadas e 118 óbitos. Nunca os números tinham sido tão elevados em Portugal e o jornal Público escreve na sua edição de hoje que é “o princípio do pior”. 
Porém, como o espaço público está cheio de pseudo-especialistas que nos vão enchendo a cabeça com as mais desencontradas das suas verdades, fica-nos a dúvida sobre se é realmente o princípio do pior como hoje titula aquele jornal ou se estamos apenas a pagar a factura dos descuidos e de alguma extravagância que a época natalícia propiciou. Por outras palavras, fica-nos a dúvida sobre se é o princípio do pior ou se é o princípio do melhor. O facto é que o assunto é muito sério e que, para além das normais medidas preventivas de defesa pessoal para evitar contágios, há cada vez menos lugar para facilitismos e para exposições desnecessárias. 
Tão grave como o covid-19 é que nos descuidemos e que baixemos os nossos níveis de actividade física e intelectual ou que nos rendamos à quebra das nossas rotinas. Por isso, para além dos cuidados que a situação pandémica a todos obriga, há que manter muita serenidade e muita confiança, porque há que pensar que os dias melhores estão para vir. Significa, portanto, que há que ter todos os cuidados, mas que também é preciso pensamento positivo.