Os sinais que nos
últimos dias nos chegam da Itália, de França e da Espanha, mas também de
Portugal, são animadores, isto é, parece que o covid-19 está a ser contido e que as medidas de confinamento
adoptadas estão a produzir resultados.
Esses sinais estão inscritos na imprensa
desses países e embora ainda estejamos no plano da catástrofe humanitária, da
depressão económica profunda e de uma crise social como a nossa geração não
conhecera, o jornal francês La Dépêche diz que há “enfim, um
pouco de esperança”, enquanto o jornal catalão el Periódico diz que “el
virus desacelera” e que “Italia también frena el contagio”. No entanto, há ainda
alguns outros jornais que sustentam a mesma opinião.
Ainda será cedo
para perceber a evolução da pandemia e, nesta altura em que tanto se fala da
curva, ninguém sabe como ela vai evoluir e se tem um ou mais picos, mas os
sinais que são hoje transmitidos pela imprensa são muito encorajadores. Além
disso, temos visto como aqueles que estão na primeira linha de luta contra o vírus
se comportam com extrema dedicação e nos transmitem confiança, apesar das
faltas de material de protecção sanitária que, como se observa nas declarações
televisivas, são uma constante em todos os países. Por isso aqui fica o lamento
pelo triste papel a que se têm prestado os bastonários dos médicos e dos
enfermeiros, ao assumirem um corporativismo primário na denúncia das faltas de
máscaras, de luvas, de fatos, de ventiladores e não sei de que mais, como se
fosse possível que algum país tivesse tudo isso na emergência que nos afecta. O
que nos vale são os profissionais que estão na primeira linha e estes sinais
positivos que se vislumbram no horizonte.