sexta-feira, 25 de julho de 2025

A fome agudiza a tragédia palestiniana

O que se passa em Gaza é uma vergonha para o mundo civilizado, é a barbárie mais cruel que se possa conceber e só pode gerar a indignação e a revolta da humanidade, embora muitos líderes mundiais continuem a pactuar com o extremismo israelita e a bestialidade de Benjamin Netanyahu.
“Vemos, ouvimos e lemos, não podemos ignorar”, assim escreveu Sophia de Mello Breyner na “Cantata da Paz”, um poema musicado em 1970 por Francisco Fanhais, que apelava ao fim da guerra e ao respeito pela dignidade humana. Nos dias que passam, este poema tornou-se tão actual como quando foi escrito, então em sinal de revolta contra as guerras, contra todas as guerras, desde o Vietname até à Guiné-Bissau.
Em Gaza, depois das bombas, da destruição indiferenciada e de milhares de mortos, a fome alastra e a situação humanitária degrada-se. Um quarto das crianças em Gaza está subnutrida e, de acordo com a edição de ontem do diário francês Libération, “mais de uma centena de ONG denunciam ‘une famine de masse’ ou uma fome generalizada no enclave, onde as mortes por desnutrição se multiplicam por falta da ajuda alimentar que está bloqueada por Israel”.
Nas suas edições de hoje, alguns jornais internacionais de referência publicam expressivas fotografias que denunciam os efeitos da fome na população de Gaza.
Dizem alguns jornais que, perante o agravamento da situação, a União Europeia renovou as ameaças a Israel e não excluiu a adopção de sanções, caso o regime extremista de Netanyahu não cumpra o acordo firmado no início do mês de Julho sobre a melhoria da crise humanitária em Gaza. 
Que falta de vergonha...
Que conversa medíocre... 
Que tristeza de Europa!