As redes sociais são estruturas que
ligam as pessoas ou as organizações. Nos últimos anos essas redes têm-se
desenvolvido rapidamente com base nos suportes online, permitindo a troca de informações e o relacionamento
social. Tem sido uma revolução cultural contínua em todo o mundo e, entre
outras, destacam-se as chamadas redes sociais de relacionamento como o Facebook, o Twitter, o WhatsApp, o Telegram, o Instagram, o Google+, o Youtube, o My Space e o Badoo, bem como as redes profissionais como o Linkedin e outras de natureza diversa. São tantas as redes sociais
que os cidadãos têm grande dificuldade em acompanhar as suas evoluções e
adaptações aos tempos, às modas ou à concorrência entre si, mas não há dúvidas
que têm uma importância cada vez maior nas sociedades modernas, ao construir
realidades virtuais, sociabilidades e acontecimentos fictícios, sem qualquer
tipo de regulação. As redes sociais têm contribuído largamente para o progresso
cultural e social das comunidades, mas têm gerado grandes problemas como a
invasão da privacidade, a difamação gratuita e sentimentos de medo, para além
de estarem na primeira linha do estabelecimento de uma nova ordem mundial.
Uma das mais recentes redes sociais é
o TikTok que apareceu em 2019 com
grande sucesso ao permitir partilhar vídeos muito curtos, é detida por uma
empresa chinesa e há suspeitas de que possa ser usada para fazer espionagem, o
que compromete a segurança nacional. Assim, em 2020 a Índia proibiu a
utilização do TikTok, juntamente com
dezenas de outras aplicações chinesas, alegando serem potencialmente
prejudiciais à segurança e à integridade do país. Nos Estados Unidos e no
Canadá a rede TikTok vem sendo
considerada como uma perigosa porta de entrada da China na sociedade americana
e na União Europeia também o Parlamento Europeu, o Comité das Regiões e o
Conselho Económico e Social decidiram proibir a rede social TikTok nos telemóveis profissionais, recomendando ainda a sua exclusão em
dispositivos pessoais.
O jornal Libération dedica a sua edição de
hoje ao TikTok e salienta que se
multiplicam as interdições contra a rede social chinesa por suspeitas de
espionagem, isto é, as crescentes tensões internacionais também passam pelas
redes sociais.