domingo, 22 de dezembro de 2019

A calamidade dos incêndios na Austrália

A edição de hoje do jornal The Sunday Telegraph que se publica em Sydney dedica a sua primeira página aos incêndios de enorme dimensão que estão a acontecer na Austrália. Embora os incêndios florestais sempre tenham feito parte da história australiana, verifica-se que nos últimos anos se tornaram mais frequentes e mais devastadores e, naturalmente, a situação australiana é mais um exemplo dos efeitos impressionantes do aquecimento global do nosso planeta.
Os piores incêndios que já ocorreram na Austrália verificaram-se em 2009 no estado de Victoria, mas os que actualmente alastram por todo o território australiano, em especial na costa oriental e nos estados da Nova Gales do Sul e de Queensland, estão em vias de bater todas as marcas históricas. De facto, a actual vaga de incêndios florestais começou em meados de Novembro, muito antes da temporada australiana de incêndios que tem início em Dezembro e se estende até Março, tendo já queimado um milhão de hectares de floresta, o que faz aumentar as preocupações das autoridades e da população australiana. Os arredores da cidade de Sydney estão sob ameaça e têm sido invadidos por intensos fumos que, de resto, já atravessaram o oceano Pacífico e chegaram à Argentina a cerca de 12 mil quilómetros de distância!
A passada quarta-feira, dia 18 de Dezembro, entrou para a história australiana como o dia mais quente de sempre, com as temperaturas máximas médias a atingir os 41,9 graus. No dia anterior, a cidade de Nullarbor foi o local onde se registou a mais elevada temperatura que atingiu 49,9 graus, quando a temperatura máxima média do país foi de 40,9 graus.
O jornal The Sunday Telegraph veicula as apreensões das populações australianas em tempo de Natal.