A edição de hoje
do jornal The Sunday Telegraph que se publica em Sydney dedica a sua
primeira página aos incêndios de enorme dimensão que estão a acontecer na
Austrália. Embora os incêndios florestais sempre tenham feito parte da história
australiana, verifica-se que nos últimos anos se tornaram mais frequentes e
mais devastadores e, naturalmente, a situação australiana é mais um exemplo dos
efeitos impressionantes do aquecimento global do nosso planeta.
Os piores
incêndios que já ocorreram na Austrália verificaram-se em 2009 no estado de
Victoria, mas os que actualmente alastram por todo o território australiano, em
especial na costa oriental e nos estados da Nova Gales do Sul e de Queensland, estão
em vias de bater todas as marcas históricas. De facto, a actual vaga de
incêndios florestais começou em meados de Novembro, muito antes da temporada
australiana de incêndios que tem início em Dezembro e se estende até Março,
tendo já queimado um milhão de hectares de floresta, o que faz aumentar as
preocupações das autoridades e da população australiana. Os arredores da cidade
de Sydney estão sob ameaça e têm sido invadidos por intensos fumos que, de
resto, já atravessaram o oceano Pacífico e chegaram à Argentina a cerca de 12
mil quilómetros de distância!
A passada
quarta-feira, dia 18 de Dezembro, entrou para a história australiana como o dia mais quente
de sempre, com as temperaturas máximas médias a atingir os 41,9 graus. No dia
anterior, a cidade de Nullarbor foi o local onde se registou a mais elevada
temperatura que atingiu 49,9 graus, quando a temperatura máxima média do país
foi de 40,9 graus.
O jornal The
Sunday Telegraph veicula as apreensões das populações australianas em tempo de Natal.