sábado, 11 de fevereiro de 2023

O Brasil retomou o seu lugar no mundo

O presidente Lula da Silva visitou Washington e encontrou-se ontem com o seu homólogo americano Joe Biden, que o recebeu na Casa Branca. Foi um acontecimento muito relevante da política externa brasileira e, desta forma, Lula da Silva iniciou o processo de levar o Brasil para o patamar mais alto da diplomacia e das relações internacionais. Antes, o actual presidente tinha estado seis vezes na Casa Branca, onde foi recebido quatro vezes por George W. Bush e duas vezes por Barack Obama, mas com esta sua sétima visita, o prestígio internacional do Brasil recuperou uma boa parte do tempo perdido com a gestão isolacionista de Jair Bolsonaro.
Acontece que nos últimos tempos, tanto os Estados Unidos como o Brasil têm enfrentado desafios semelhantes ligados à radicalização política e ao discurso do ódio que inunda as redes sociais, pelo que este encontro entre os líderes das duas maiores democracias do hemisfério americano era muito desejado.
Lula da Silva criticou o seu antecessor por ter marginalizado o Brasil durante quatro anos e por ter vivido e governado na base de fake news, enquanto Joe Biden salientou que as democracias dos Estados Unidos e do Brasil foram duramente testadas em Washington e Brasília por extremistas, mas que prevaleceram. Essas declarações mostraram que tanto Donald Trump como Jair Bolsonaro “estiveram na Casa Branca” e que “foram lembradas” as tentativas de assalto ao Capitólio de 6 de janeiro de 2021 e à Praça dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2022.
Segundo foi revelado, nomeadamente pelo jornal O Estado de S. Paulo, os dois presidentes mostraram sintonia na defesa da democracia e nas questões climáticas, bem como nas estratégias de luta contra o extremismo antidemocrático, na preservação do meio ambiente e, de forma especial, na defesa da floresta amazónica.
Luiz Inácio Lula da Silva falou e foi ouvido e, sem qualquer dúvida, o grande Brasil reentrou na alta-roda da comunidade internacional.