O presidente Lula
da Silva visitou Washington e encontrou-se ontem com o seu homólogo americano
Joe Biden, que o recebeu na Casa Branca. Foi um acontecimento muito relevante
da política externa brasileira e, desta forma, Lula da Silva iniciou o processo
de levar o Brasil para o patamar mais alto da diplomacia e das relações
internacionais. Antes, o actual presidente tinha estado seis vezes na Casa
Branca, onde foi recebido quatro vezes por George W. Bush e duas vezes por
Barack Obama, mas com esta sua sétima visita, o prestígio internacional do
Brasil recuperou uma boa parte do tempo perdido com a gestão isolacionista de
Jair Bolsonaro.
Acontece que nos
últimos tempos, tanto os Estados Unidos como o Brasil têm enfrentado desafios
semelhantes ligados à radicalização política e ao discurso do ódio que inunda
as redes sociais, pelo que este encontro entre os líderes das duas maiores
democracias do hemisfério americano era muito desejado.
Lula da Silva
criticou o seu antecessor por ter marginalizado o Brasil durante quatro anos e
por ter vivido e governado na base de fake
news, enquanto Joe Biden salientou que as democracias dos Estados Unidos e
do Brasil foram duramente testadas em Washington e Brasília por extremistas, mas
que prevaleceram. Essas declarações mostraram que tanto Donald Trump como Jair
Bolsonaro “estiveram na Casa Branca” e que “foram lembradas” as tentativas de
assalto ao Capitólio de 6 de janeiro de 2021 e à Praça dos Três Poderes em 8 de
janeiro de 2022.
Segundo foi
revelado, nomeadamente pelo jornal O Estado de S. Paulo, os dois
presidentes mostraram sintonia na defesa da democracia e nas questões
climáticas, bem como nas estratégias de luta contra o extremismo
antidemocrático, na preservação do meio ambiente e, de forma especial, na
defesa da floresta amazónica.
Luiz Inácio Lula da
Silva falou e foi ouvido e, sem qualquer dúvida, o grande Brasil reentrou na
alta-roda da comunidade internacional.
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