terça-feira, 23 de julho de 2024

EUA: sai Joe Biden e entra Kamala Harris

As eleições presidenciais americanas são importantes para o mundo e é sabido como há muitos assuntos da política internacional que “esperam” pelos seus resultados, inclusive a paz em várias regiões do nosso planeta. A hipótese de se confrontarem os mesmos candidatos das anteriores eleições – Donald Trump e Joe Biden – tornou o presente processo eleitoral americano mais disputado e até mais emotivo.
Acontece que nos últimos dias se sucederam alguns acontecimentos relevantes, como o debate do dia 27 de junho em que Biden esteve desastrado, a tentativa de assassinato de Trump do dia 13 de julho e o anúncio da desistência de Biden no dia 21 de julho. As hostes democratas andavam divididas e desalentadas pois a escolha de Biden não era consensual devido à sua idade e ao seu estado de saúde. Com a sua desistência, em poucas horas surgiu a candidatura de Kamala Harris, a actual vice-presidente dos Estados Unidos, que logo devolveu a esperança aos Democratas, atacando Donald Trump com muita dureza, atraindo avultados apoios políticos e financeiros e garantindo a adesão da maioria dos delegados para a convenção democrata que se realizará entre os dias 19 e 22 de agosto, para escolher o candidato que concorrerá contra Donald Trump.
A imprensa americana está repartida entre os que entendem que com Kamala Harris a vitória de Trump será mais fácil e os que acreditam que o entusiasmo e o dinamismo de Harris vão derrotar Donald Trump. Será, certamente, um case study para ser acompanhado pelos estudiosos da sociologia política.
Hoje, a imprensa afecta aos Democratas encheu as suas primeiras páginas com a fotografia de Kamala Harris sorridente e determinada em inverter os números que são indicados pelas sondagens, com o Daily News a destacar que “Harris une os Democratas”.
Sem dúvida que a renúncia de Biden abriu uma nova página na corrida presidencial americana. Porém, porque Biden ainda estará na Casa Branca por mais seis meses, será de esperar que queira deixar o seu nome ligado a um grande acontecimento mundial, que apague esta sua derrota de julho de 2024.