No dia 8 de
Novembro de 2016 realizar-se-ão as eleições presidenciais americanas. Ainda
faltam mais de 16 meses, mas já estão oficialmente anunciadas 14 candidaturas,
sendo dez por parte de apoiantes do Partido Republicano e quatro por parte de
apoiantes do Partido Democrata. Este elevado número de candidaturas resulta em
boa medida do facto de Barack Obama, o actual Presidente, não ser elegível para
um terceiro mandato, o que aumenta a probabilidade de vir a acontecer uma
mudança de ciclo dos Democratas para os Republicanos.
Um dos candidatos democratas
já anunciados é Hillary Rodham Clinton, a antiga Primeira Dama (1993-2001) e Secretária
de Estado (2009-2013), que ontem fez o lançamento oficial da sua campanha
presidencial na ilha Roosevelt, no East Side de Nova Yorque, com um discurso de
40 minutos perante alguns milhares de apoiantes, tendo a seu lado o marido Bill
Clinton, a filha Chelsea e o genro Marc Mezvinsky. Respondendo aos que apontam
os seus 67 anos de idade como um handicap,
ela disse que “posso não ser o candidato mais jovem na corrida presidencial,
mas vou ser a mais jovem mulher a ser Presidente dos Estados Unidos”. Porém, o
que despertou mais interesse no discurso de Hillary Clinton foi a sua
declaração anti-Wall Street e de grande hostilidade ao poder especulativo e
ganancioso dos bancos, dos fundos financeiros e das grandes empresas, tendo
afirmado que “iria tirar aos ricos para dar aos pobres”. O diário sensacionalista
New
York Post, que é o sétimo jornal americano em termos de circulação, destacou
hoje essa declaração de ataque aos ricos para tratar Hillary Clinton como Rodham Hood,
isto é, uma moderna versão no feminino do simbólico Robin Hood, o herói mítico
dos ingleses que roubava aos ricos para dar aos pobres.