As eleições
presidenciais americanas vão realizar-se no próximo dia 8 de Novembro para eleger
o sucessor de Barack Obama, mas o processo eleitoral americano é tão complicado
e, por vezes, tão diferente de estado para estado, que não me atrevo a tentar
percebê-lo. A minha primeira dificuldade começa logo na constatação que, num
país com mais de 300 milhões de habitantes, só haverá cerca de 70 milhões
de eleitores recenseados. Até faz lembrar o Portugal de antes de 1974!
A campanha eleitoral dos candidatos Republicanos e Democratas
arrasta-se durante alguns meses em eleições primárias que se realizam em todos
os estados para escolher os delegados às convenções republicana e democrata,
mas também os delegados ao colégio eleitoral que elegerá o Presidente. Ontem
aconteceu a chamada Super Terça-feira,
assim designada devido ao grande número de eleições estaduais que se realizaram
e ao elevado número de delegados que foram eleitos para tomarem parte nas
convenções nacionais dos partidos que escolherão o seu candidato.
Na corrida presidencial havia mais de
duas dezenas de candidatos, mas depois de muitas desistências estão na corrida apenas cinco
candidatos republicanos e dois candidatos democratas. Ontem, Ronald Trump pelos
Republicanos e Hillary Clinton pelos Democratas acumularam vitórias que os
posicionam muito favoravelmente para serem escolhidos como candidatos pelos
respectivos partidos. Hoje, toda a imprensa americana como por exemplo o USA
Today, destacam os resultados eleitorais da Super Terça-feira e publicam as fotografias de Trump e Clinton que,
depois dos resultados de ontem, provavelmente se defrontarão no dia 8 de
Novembro para ocupar o lugar que vai ficar vago na Casa Branca.