sexta-feira, 15 de janeiro de 2021

A epidemia e a difícil situação de Manaus

A incapacidade para resolver os casos crescentes de covid-19 que vão acontecendo um pouco por todo o mundo gera situações de grande dramatismo para os doentes, mas também para os profissionais de saúde, para as autoridades sanitárias e para toda a sociedade. De vez em quando, a imprensa relata situações de desespero por falta de tudo o que seria necessário para intervir, nuns casos por carência de pessoal médico e de enfermagem, noutros casos por falta de espaços hospitalares, de camas e de material e, em especial, de ventiladores. 
O Brasil regista actualmente 207.095 óbitos por covid-19, um trágico número só ultrapassado pelos Estados Unidos e tem mais de oito milhões de infectados. Nas suas edições de hoje a imprensa brasileira destaca a situação dramática que se vive na cidade de Manaus, a capital do estado do Amazonas, que se tornou o principal foco de propagação de covid-19 no Brasil e onde os hospitais têm falta de oxigénio. Dizem os jornais que em Manaus houve mais óbitos em 2021 do que nos nove meses que decorreram de Abril a Dezembro de 2020 e relatam mortes por falta de ar em alas hospitalares inteiras, onde acabaram as reservas de oxigénio. O jornal Folha de S. Paulo diz mesmo que “Manaus mergulha no caos” e, perante essa realidade, as autoridades estaduais determinaram a transferência de doentes para outros estados. 
Porém há fortes críticas ao governo federal e aos estados “seus aliados” devido à forma “bolsonarista” como tem sido tratada esta “gripezinha”, inclusive por não ter sido feita a atempada encomenda de vacinas, pois até agora nenhuma remessa chegou ao Brasil.