Laurentino Gomes
é um escritor brasileiro que se tornou conhecido com o best-seller 1808,
publicado em 2006, que conta a história da partida da Família Real Portuguesa
para o Brasil nas vésperas da entrada em Lisboa das tropas do general Junot ou,
como refere o sub-título do livro, "como
uma rainha louca, um príncipe medroso e uma corte corrupta enganaram Napoleão e
mudaram a História de Portugal e do Brasil”.
Quatro anos
depois, o escritor brasileiro publicou 1822,
que conta a história da independência do Brasil ou, como também refere o
sub-título do livro, “como um homem
sábio, uma princesa triste e um escocês louco por dinheiro ajudaram D. Pedro a
criar o Brasil – um país que tinha tudo para não resultar”.
Em 2013
Laurentino Gomes publicou 1889, que
conta a história do fim da Monarquia brasileira ou, como também refere o
sub-título do livro, “como um imperador
cansado, um marechal vaidoso e um professor injustiçado contribuíram para o fim
da Monarquia e a Proclamação da República no Brasil”. Este é o último livro de uma trilogia
sobre o Brasil do século XIX e é o único que ainda não foi publicado em
Portugal. Tal como os dois livros anteriores, está muito bem documentado e é de
leitura muito agradável, dando-nos a conhecer um período da História brasileira
que é menos conhecido em Portugal.
Um dos seus principais protagonistas é Dom
Pedro II que, hoje, seria um cidadão com dupla nacionalidade – nascido no
Brasil e filho de pai português. Desde a declaração
de independência em 1822 até à proclamação da República no dia 15 de Novembro
de 1889, isto é, durante 67 anos, o Brasil foi um Império que durante 49 anos,
3 meses e 22 dias foi governado por Pedro de Alcântara João Carlos Leopoldo
Salvador Bibiano Francisco Xavier de Paula Leocádio Miguel Gabriel Rafael
Gonzaga de Habsburgo e Bragança, mais conhecido como Dom Pedro II. Era filho de
Dom Pedro I (Dom Pedro IV de Portugal) e da imperatriz Leopoldina, era neto de
Dom João VI e irmão de Maria da Glória, que foi rainha de Portugal com o nome
de Dona Maria II. Segundo o autor do livro, o imperador era um homem austero, culto e admirado. Foi forçado a exilar-se e morreu em Paris com 66 anos de idade.