Vários jornais
portugueses lembraram hoje que passaram seis meses desde que, no dia 2 de
Março, foram detectados os dois primeiros casos de covid-19 em Portugal.
Desde então foram identificados 58.663 casos positivos de infecção por covid-19, dos quais cerca de 72% já recuperaram, mas a pandemia já provocou 1827 óbitos. A situação sanitária tem sido prolongada e catastrófica, tendo alterado o modo de vida dos grupos e das pessoas por todo o mundo, onde o número de óbitos se aproxima de um milhão, sobretudo nos Estados Unidos, no Brasil, na Índia e no México.
Desde então foram identificados 58.663 casos positivos de infecção por covid-19, dos quais cerca de 72% já recuperaram, mas a pandemia já provocou 1827 óbitos. A situação sanitária tem sido prolongada e catastrófica, tendo alterado o modo de vida dos grupos e das pessoas por todo o mundo, onde o número de óbitos se aproxima de um milhão, sobretudo nos Estados Unidos, no Brasil, na Índia e no México.
Em Portugal, os
efeitos do covid-19 têm sido
demolidores no aspecto sanitário, mas também na vida económica e cultural. Tudo mudou. O quotidiano e o trabalho. As viagens e as férias. Os restaurantes e as escolas. Vieram os confinamentos, as máscaras, o distanciamento social. A actividade económica e, especialmente o turismo, tiveram quebras brutais e,
no segundo trimestre do corrente ano, o produto nacional teve uma contração de
14,1% relativamente ao trimestre anterior e de 16,5% em relação ao segundo trimestre de
2019. Nunca acontecera. Foi uma verdadeira catástrofe. As
consequências sobre o emprego foi a destruição de cerca de 180 mil empregos em
apenas quatro meses, o que significa que haverá actualmente mais de 350 mil
pessoas desempregadas em Portugal.
O Governo tem
procurado tomar medidas para atenuar os efeitos desta crise económica provocada
pela pandemia e, de uma forma geral, tem tido o apoio ou a neutralidade dos
partidos políticos. Porém, o desafio é muito difícil, até porque está a ser
perturbado por uma campanha presidencial prematura e, além disso, como quase sempre acontece na nossa terra, as corporações de interesses e
os seus agentes aproveitam a oportunidade para apresentar exigências ao Governo que, mesmo que sejam justas, são inoportunas e incomportáveis. As necessidades são muitas, mas os nossos
recursos são escassos. O que as corporações de interesses querem, implica sempre mais impostos ou mais
dívida, o que nas actuais circunstâncias seria tão catastrófico como a própria
pandemia.