Um dia destes, falando no Luxemburgo com aquela entoação monocórdica que já incomoda, o ministro das Finanças salientou que “a informação disponível sobre o comportamento das receitas não é positiva” e anunciou “um aumento significativo nos riscos e incertezas que afectam a execução orçamental”, mas reafirmou o objectivo de cumprir o défice para 2012.
Estas declarações mostram que nem tudo vai bem na execução orçamental, configuram um cenário desastroso e revelam que o objectivo de se conseguir um défice de 4.5% em 2012 está em risco. Agora, ou se reforça a receita com mais impostos, ou se reduzem as despesas ou se convencem as autoridades de Bruxelas a aceitar uma renegociação dos nossos compromissos. É uma situação muito preocupante que a todos nos deve incomodar e, infelizmente, parece que a execução orçamental anda à deriva. Sempre nos foi dito que nada disto seria necessário. De facto, tinha sido previsto que no corrente ano a receita do IVA deveria aumentar 13,6%; depois corrigiu-se essa previsão para 10,6%; agora vêem dizer-nos que vai haver uma quebra de 2.8%. Significa que em poucos meses já existe um desvio de 17.4% entre a primeira e a actual previsão! Isto é que é um desvio colossal! Eu interrogo-me como foi possível tanta cegueira política e tanta ignorância económica, que não deixaram prever os efeitos – directos, indirectos e induzidos – provocados pelo brutal arrefecimento da economia, pela quebra de rendimento das famílias e do consumo, pelo encerramento de empresas e pelo incontrolado aumento do desemprego. Definitivamente, esta austeridade não é solução, até porque está claramente entregue a contabilistas que não estão atentos nem conhecem a realidade do nosso país.
Estas declarações mostram que nem tudo vai bem na execução orçamental, configuram um cenário desastroso e revelam que o objectivo de se conseguir um défice de 4.5% em 2012 está em risco. Agora, ou se reforça a receita com mais impostos, ou se reduzem as despesas ou se convencem as autoridades de Bruxelas a aceitar uma renegociação dos nossos compromissos. É uma situação muito preocupante que a todos nos deve incomodar e, infelizmente, parece que a execução orçamental anda à deriva. Sempre nos foi dito que nada disto seria necessário. De facto, tinha sido previsto que no corrente ano a receita do IVA deveria aumentar 13,6%; depois corrigiu-se essa previsão para 10,6%; agora vêem dizer-nos que vai haver uma quebra de 2.8%. Significa que em poucos meses já existe um desvio de 17.4% entre a primeira e a actual previsão! Isto é que é um desvio colossal! Eu interrogo-me como foi possível tanta cegueira política e tanta ignorância económica, que não deixaram prever os efeitos – directos, indirectos e induzidos – provocados pelo brutal arrefecimento da economia, pela quebra de rendimento das famílias e do consumo, pelo encerramento de empresas e pelo incontrolado aumento do desemprego. Definitivamente, esta austeridade não é solução, até porque está claramente entregue a contabilistas que não estão atentos nem conhecem a realidade do nosso país.