O narcotráfico
internacional pode ser considerado como uma rede ilegal que faz a ligação entre
os países produtores de cocaína e os mercados consumidores, sobretudo nos
países ocidentais, sendo um grave problema que afecta as sociedades modernas.
As drogas proibidas chegam aos mercados consumidores sob as mais diferentes
formas, designadamente por via aérea e por via marítima, pelo que as
autoridades nacionais mantêm estruturas policiais de combate à sua entrada. A
península Ibérica parece ser a região europeia em que, por razões diversas, o
narcotráfico é mais activo, verificando-se a regular apreensão de toneladas de
cocaina e outras drogas nas águas territoriais portuguesas e espanholas. Nos
últimos meses, as notícias referem a apreensão de várias embarcações rápidas
designadas por narcolanchas. Por isso, segundo revela a edição de ontem do jornal
La
Voz de Galicia, o governo espanhol encomendou aos estaleiros galegos Moaña
Aister, a concepção e construção de lanchas rápidas de cerca de 30 toneladas e com
um desenho pioneiro e inovador, que poderão navegar à incrível velocidade de 60
nós, ou cerca de 110 quilómetros por hora. Estas lanchas destinam-se à Guardia
Civil e poderão ser utilizadas sobretudo na área do estreito de Gibraltar.
La Voz de Galicia anuncia na sua primeira página as “veloces patrulleras hechas en Galicia contra el narcotráfico
del Estrecho” e publica uma fotografia dos ensaios no mar de uma dessas lanchas
rápidas.