A fotografia de
Omran Daqneesh, um menino de 5 anos de idade que reside na cidade síria de
Aleppo, foi publicada nas primeiras páginas dos principais jornais mundiais e, por exemplo, o
jornal escocês The National publicou-a a seis colunas. A fotografia mostra Omran
atordoado e coberto de pó e de sangue, depois de ter sido ferido e recolhido
numa ambulância, na sequência de um bombardeamento aéreo efectuado sobre a
cidade de Aleppo e tornou-se um símbolo da crueldade da guerra que se
trava desde 2011.
Tal como muitos milhares de crianças sírias, o menino Omran
não sabe o que é a paz, pois nunca conheceu outra coisa que não fosse a guerra.
Esse facto tem que ter o repúdio da Humanidade e justifica que sejam censurados com firmeza os países e os dirigentes que têm alimentado a guerra, sem ter encontrado
soluções para acabar com ela.
No caso concreto
da guerra na Síria a destruição humana e material é
catastrófica. Depois de mais de cinco anos de guerra deixou de haver protagonistas bons e protagonistas maus. São todos maus e as grandes
potências serão certamente as principais responsáveis por terem incentivado a
guerra e não terem conseguido pará-la. Na actual fase do conflito é cada vez
mais difícil perceber quem combate quem e quem apoia quem. O que é evidente é
que a crueldade da guerra é cada vez maior.
A figura de Omran
Daqneesh vai ficar gravada na memória de quem a viu e bom seria que fosse vista
pelos dirigentes de Damasco, Ancara, Moscovo, Nova Iorque, Pequim, Londres,
Paris, Teerão e tantas mais capitais. Para que actuem rapidamente na procura da paz.