Com mais de 96% dos votos, os habitantes da
península e região autónoma da Crimeia aprovaram ontem a sua integração na
Rússia, num referendo considerado ilegal pelas novas autoridades de Kiev
e pela maioria da comunidade internacional. A população da Crimeia,
que é maioritariamente de origem russa e que representa apenas 4,3% da população total da Ucrânia,
festejou o acontecimento que abre o caminho para o seu regresso à
“grande mãe”. De imediato, o Parlamento da Crimeia aprovou por
unanimidade a independência do território, que representa apenas 4,3% da superfície total da Ucrânia,
assim como a sua integração na Federação Russa.
A partir de agora, nem a União Europeia nem os Estados Unidos têm hipóteses de impedir a integração da Crimeia na Rússia, mesmo que venham a impor sanções económicas ou diplomáticas, que sabemos serem de duvidosa eficácia. Muitos dos relatos que nos chegam de Simferopol, a capital da Crimeia, revelam que o território está sob o domínio de milícias pró-russas e de tropas russas, com o expresso propósito de proteger as populações etnicamente de origem russa, mas essa demonstração de força apenas revela a determinação russa para garantir o seu domínio sobre a Crimeia. Putin tinha a lição estudada e os russos anteciparam-se para assegurar o controlo da estratégica cidade de Sebastopol, onde a sua frota do Mar Negro tem a sua base desde há duzentos anos. Tudo isto é, apenas, a realpolitik. Entretanto, em diversas cidades no leste da Ucrânia, de forte tendência pró-russa, estão a acontecer novos protestos contra o poder instalado em Kiev, onde se inclui o assalto e a ocupação de edifícios públicos, a reivindicação pelo regresso do presidente eleito Viktor Yanukovitch e, até mesmo, a exigência da realização de outros referendos nos moldes daquele que foi realizado na Crimeia. Nesta disputa ucraniana e como diz o povo, ainda a procissão vai no adro.
A partir de agora, nem a União Europeia nem os Estados Unidos têm hipóteses de impedir a integração da Crimeia na Rússia, mesmo que venham a impor sanções económicas ou diplomáticas, que sabemos serem de duvidosa eficácia. Muitos dos relatos que nos chegam de Simferopol, a capital da Crimeia, revelam que o território está sob o domínio de milícias pró-russas e de tropas russas, com o expresso propósito de proteger as populações etnicamente de origem russa, mas essa demonstração de força apenas revela a determinação russa para garantir o seu domínio sobre a Crimeia. Putin tinha a lição estudada e os russos anteciparam-se para assegurar o controlo da estratégica cidade de Sebastopol, onde a sua frota do Mar Negro tem a sua base desde há duzentos anos. Tudo isto é, apenas, a realpolitik. Entretanto, em diversas cidades no leste da Ucrânia, de forte tendência pró-russa, estão a acontecer novos protestos contra o poder instalado em Kiev, onde se inclui o assalto e a ocupação de edifícios públicos, a reivindicação pelo regresso do presidente eleito Viktor Yanukovitch e, até mesmo, a exigência da realização de outros referendos nos moldes daquele que foi realizado na Crimeia. Nesta disputa ucraniana e como diz o povo, ainda a procissão vai no adro.