No próximo dia 20
de Dezembro, a Região Administrativa Especial de Macau da República Popular da
China (RAEM) vai passar a administrar uma área marítima com 85 quilómetros
quadrados.
No início do
século XX o território de Macau tinha apenas 11,6 km2 de superfície
distribuídos pela península de Macau e pelas ilhas da Taipa e Coloane, mas em
meados do século começaram a ser feitos aterros, designadamente entre aquelas
ilhas, daí resultando que a actual a RAEM tenha actualmente uma superfície de
cerca de 29,5 km2. Com a decisão agora tomada pelo governo de Pequim
abre-se a possibilidade de uma parte das novas zonas marítimas poderem vir a
ser utilizadas para a construção de aterros, mas também para servir como
instrumento de diversificação económica. Segundo revela a edição de hoje do
jornal Hoje Macau, o anúncio do alargamento das águas territoriais
macaenses provocou uma “onda de euforia”, perante a possibilidade da criação de
novas áreas de negócio relacionadas com a economia do mar e de desenvolvimento
do turismo náutico, o que significará mais emprego e mais riqueza. O jornal
chamou mare nostrum ao alargamento das águas territoriais de Macau. De acordo
com as autoridades marítimas, a RAEM dispõe de leis, regulamentos e experiência
no âmbito da gestão marítima, designadamente na fiscalização e controlo de
embarcações, portos e marinas, nas actividades da pesca e do turismo, bem como
noutras actividades marítimias. Assim, a euforia macaense parece justificar-se
pelas perspectivas oferecidas pela economia do mar.