O passado domingo foi um dia de grandes acontecimentos e, naturalmente, no dia seguinte sucedeu-se um dia de grandes notícias. Na Grécia aconteceram as eleições legislativas que deram uma vitória escassa ao partido da Nova Democracia, que defende a permanência na moeda única e o cumprimento dos memorandos que foram assinados com a troika. Em França registou-se a vitória do Partido Socialista que, além do presidente e do governo, passou a ter uma confortável maioria na Assembleia Nacional. No Egipto realizou-se a 2ª volta das primeiras eleições presidenciais desde a queda de Hosni Mubarak e a Irmandade Muçulmana já reivindica a vitória do seu candidato Mohammed Morsi, embora os resultados oficiais só devam ser divulgados a meio da semana.
Porém, para a imprensa portuguesa a notícia que teve maior destaque foi o apuramento da selecção nacional de futebol para os quartos de final do EURO 2012, depois de ter derrotado, primeiro a Dinamarca e, agora, a poderosa Holanda. Com aqueles resultados a selecção nacional colocou-se no grupo das oito melhores selecções europeias de futebol e esse facto contribui para aumentar a auto-estima de um país angustiado, que está a ser sufocado pelos seus governantes em nome de interesses que cada vez mais duvidosos e confusos para toda a gente. O Diário de Notícias dá os parabéns a Portugal e eu dou os parabéns aos jogadores. Eles são mesmo bons. Depois do circo que foi o estágio em Óbidos, este resultado foi inesperado e, para mim, foi uma grande surpresa. Eu não estava à espera desta alegria. Ainda bem que me enganei!