Os Jogos da
XXXIII Olimpíada, ou os Jogos Olímpicos de Paris 2024, terminam hoje e a
televisão mostrou-nos como foram um grande acontecimento desportivo e cultural,
mas também político. O presidente Emmanuel Macron pode sentir-se aliviado pela
forma como tudo correu, pela imagem de grandeur
que a França transmitiu ao mundo, pelos resultados desportivos dos seus
compatriotas e até por ver nas bancadas muitas bandeirinhas agitadas pelos
mesmos franceses que, duas semanas antes, muito o contestaram, muito protestaram e muito tinham vandalizado o espaço público. Durante duas semanas foram esquecidos os males dos franceses e todos
os males do mundo, ao mesmo tempo que as gentes de todos os continentes compreendiam
como é bom viver em paz e harmonia universal.
Portugal
conquistou quatro medalhas olímpicas, tantas como em Tóquio 2020. Podia ter
sido melhor, mas foi bom. Patrícia Sampaio (cobre), Iúri Leitão e Pedro
Pichardo (prata) já sido tinham medalhados, mas ontem o mesmo Iúri Leitão e o
seu parceiro Rui Oliveira participaram na prova ciclista de madison, uma corrida em pista muito
difícil de acompanhar. Lutaram, brilharam e ganharam a medalha de ouro. Foi uma enorme emoção e uma festa extraordinária. Foi a
32ª medalha olímpica que veio para Portugal desde que em 1912 começamos a
participar nos Jogos Olímpicos e a 6ª medalha olímpica de ouro do desporto
português.
Depois de muitos
dias sem medalhas e com algumas frustrações, Iúri Leitão e Rui Oliveira
resgataram o nosso orgulho desportivo e colocaram Portugal no 50º lugar do
medalheiro olímpico, um ranking em
que entraram 84 dos 206 países ou organizações participantes, como os AIN –
Atletas Individuais Neutros e a EOR – Equipa Olímpica de Refugiados.
Com a vitória de
ontem, vieram para Portugal quatro das 1044 medalhas distribuídas nos Jogos de Paris 2024.
Hoje, a edição do jornal A Bola destaca em primeira página o
inesquecível feito desportivo dos dois jovens ciclistas portugueses. Foi uma grande alegria e daí o nosso
entusiástico aplauso.