A Índia é o mais
populoso país do mundo com 1.441 milhões de habitantes que correspondem a cerca
de 18% da população mundial, é a quinta maior economia do mundo e tem muito
território, muitos recursos naturais, muitas línguas, muitas religiões e muita
ambição. Depois de ter sido a “jóia da Coroa” do Império Britânico, tornou-se
independente em 1947 e, passo a passo, tem subido os degraus do desenvolvimento,
que tornaram um país pobre e subdesenvolvido numa potência regional com
capacidade nuclear.
Desde há mais de
três décadas que a Índia tem apostado na modernização das suas Forças Armadas,
que são um dos símbolos da unidade e coesão nacionais de um país culturalmente
tão diverso, através de uma dinâmica indústria de defesa, mas também da aquisição
de meios militares no estrangeiro. Assim, a Índia é o maior importador de armas
convencionais entre os países em desenvolvimento e, entre os seus fornecedores,
estão a Rússia, os Estados Unidos, a França, Israel, o Reino Unido e a Chéquia.
Nesse sentido, todos os anos a Índia é visitada oficialmente por muitos Chefes
de Estado e primeiros-ministros que, a coberto do reforço da relação
diplomática bilateral, querem vender os Sukhoi
Su-57, os Lockheed Martin F-35,
os Mirage-2000, os Dassault Rafale ou os Panavia Tornado, mas também os Antonov An-70, os C-130 Hercules, os Embraer KC-390
ou os Airbus A400M Atlas. É sempre um
corrupio.
Porém, para além dos contactos de alto nível e das contrapartidas de
diversas ordens que são ajustadas entre as partes, as regras do marketing também recomendam que se sensibilizem as opiniões públicas através de
anúncios publicitários. É exactamente o que faz hoje a Airbus Defence and
Space, ao publicitar o Airbus A400M Atlas
na edição do prestigioso The Times of India.