quinta-feira, 24 de novembro de 2016

Um impressionante dilúvio sobre Darwin

A Austrália é um estado federal com seis estados federados e três territórios autónomos, um dos quais é o Northern Territory cuja capital é Darwin, que é a cidade australiana mais próxima de Timor Leste. Aquela região do litoral norte australiano foi visitada em 1838 por John Clements Wickham, o comandante do HMS Beagle, quando fazia o seu levantamento hidrográfico e que decidiu baptizar a baía onde fundeou com o nome de Port Darwin, em homenagem ao famoso naturalista Charles Darwin que era seu amigo e que, entre 1831 e 1836, embarcara naquele mesmo navio.
O Northern Territory tem uma extensão de 1420 km2 (15 vezes maior que Portugal) e apenas 200 mil habitantes, sendo uma região de clima tropical e, portanto, muito sujeita a tempestades e ciclones.
Segundo o jornal NT News que se publica em Darwin, no corrente mês de Novembro têm-se sucedido chuvas torrenciais e a precipitação média que em Novembro é de 141 mm, já esta semana tinha atingido 185 mm, quando ainda faltava mais de uma semana para acabar o mês.
O jornal publicou na sua primeira página uma impressionante imagem captada pelo fotógrafo amador Thomas Peck, que tendo viajado por todo o mundo “nunca viu nada que se comparasse ao dilúvio que se abateu sobre Darwin” há dois dias. Também nós, mesmo quando andamos por regiões tropicais, nunca vimos uma trovoada como aquela que nos mostra a bela fotografia de Thomas Peck.

Marcelo e Costa têm inspirado confiança

A edição de hoje do jornal Público destacou as fotografias sorridentes de Marcelo Rebelo de Sousa e de António Costa, tendo escolhido como título a frase “Marcelo elogia primeiro ano de Costa”.
O Presidente da República e o Primeiro Ministro nunca esconderam que, embora sejam oriundos de partidos políticos diferentes, sempre se deram bem e, por si só, esse facto transforma a nossa vida política. O ambiente de confiança, de paz social e até de alegria que hoje se vive na sociedade portuguesa, contrasta com o pessimismo, a crispação permanente e o conformismo dos tempos da parelha Cavaco-Passos, sem esquecer o irrevogável Portas, que agora anda a facturar aquém e além fronteiras, numa ânsia/ganância por dinheiro.
O improvável aconteceu em Portugal, isto é, constituiu-se uma maioria parlamentar que suporta um Governo que acabou com aquela coisa do “arco da governação” e elegeu-se um Presidente da República que nem fez campanha e de quem muitos desconfiavam quanto à sua estabilidade emocional para ocupar o Palácio de Belém. Ao fim de um ano, ninguém tem dúvidas sobre o bom andamento do país, com a economia a crescer, o desemprego a diminuir, o défice orçamental controlado abaixo dos 3%, os problemas do sistema financeiro em vias de resolução e com uma baixíssima taxa de conflitualidade social. Como dizia o 1º Ministro do Luxemburgo “tudo vos corre bem e até ganham o Europeu de Futebol, elegem um dos vossos para Secretário-Geral das Nações Unidas e organizam a Websummit 2016 em Lisboa”.
Naturalmente que há problemas em Portugal, mas os resultados obtidos em contra-ciclo com a Europa são notáveis. Apesar das incertezas do mundo, a confiança e a estabilidade social parecem estar firmes neste canto ocidental da Europa e, ao contrário do que sucedia há um ano, hoje temos muitos mais optimistas do que cépticos. Marcelo Rebelo de Sousa não se esquivou como fazia o seu antecessor de triste memória e elogiou o governo e os resultados que obteve. Que assim se mantenham por muito mais tempo.