domingo, 2 de setembro de 2018

Lula não é elegível para a presidência

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) do Brasil decidiu por seis votos contra um que o ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva é inelegível e, portanto, não pode concorrer às eleições presidenciais brasileiras que se vão realizar no próximo dia 18 de Outubro, nem pode participar na campanha eleitoral nas rádios e nas redes de televisão. A decisão foi tomada com base na “Lei da Ficha Limpa”, que proibe qualquer pessoa condenada em duas instâncias da Justiça de concorrer a cargos públicos.
Lula da Silva ocupa muito destacado o primeiro lugar em todas as sondagens já realizadas, mas o seu partido, o PT – Partido dos Trabalhadores, tem agora dez dias para indicar um novo candidato, embora haja uma parte do partido que insiste na recandidatura de Lula e quer recorrer da decisão. O caso está, naturalmente, a agitar o Brasil, não só pelo peso político e eleitoral do ex-Presidente, mas também porque a Comissão de Direitos Humanos das Nações Unidas recomendou a "garantia dos direitos políticos" de Lula da Silva até se esgotarem todos os recursos legais nos tribunais. Com ou sem Lula, os tempos que se avizinham não vão ser fáceis para o Brasil e os brasileiros bem precisam de gerir a razão e a emoção.
A “Lei da Ficha Limpa” faz todo o sentido nas sociedades democráticas e, por isso, a declaração de inegibilidade de Lula da Silva é a consequência natural dessa lei. Ponto final.
O que não sai da cabeça de ninguém é o que se passa no Brasil em termos de corrupção e a forma como uns são condenados e outros resistem a todas as evidências de culpa ou, dito de outra maneira, como as forças mais conservadoras e mais retrógradas da sociedade brasileira, instaladas na Justiça e em outras instâncias, procuram retomar o comando do país e inventam bolsonaros e coisas parecidas.