O 20º Congresso
do Partido Comunista Chinês (PCC) terminou ontem e aprovou uma emenda à sua
carta magna que eleva o estatuto do seu secretário-geral, pelo que Xi Jinping
foi reeleito para um terceiro mandato como “líder indiscutível da China”. Nunca,
desde o falecimento de Mao Tse-Tung em 1976, um líder chinês conquistara tanto
poder como aquele que foi conferido a Xi Jinping. A imprensa mundial deu
notícia desse acontecimento e publicou a fotografia do todo-poderoso líder
chinês, assim acontecendo com a edição de hoje do The Wall Street Journal.
O mundo fica
agora na expectativa do que vai acontecer no futuro e vai lembrar-se do
discurso de Xi Jinping na abertura do Congresso, em que reafirmou que Taiwan
faz parte da China e disse que essa questão “é um assunto
do povo chinês e deve ser resolvido apenas pelo povo chinês”, numa clara alusão
às posições americanas que assumem a defesa e a autonomia de Taiwan, mas também
a sua afirmação de que “não renunciaremos nunca ao uso da força e
reservamos a possibilidade de adoptar todas as medidas necessárias”.
Os
dados estão lançados há muito tempo. A China insiste na reunificação ou no
regresso de Taiwan à mãe-pátria, enquanto as mútuas provocações ou as tensões
diplomáticas que acontecem, como a visita de Nancy Pelosi a Taiwan ou os
exercícios militares no estreito de Taiwan, vão alimentando esta importante
questão que Xi Jinping vai quere resolver durante o seu mandato.