Rosto do jornal mexicano Récord, edição de 28 de Agosto de 2021 |
O futebol é um
dos meus desportos favoritos e gosto de acompanhar os grandes jogos e o ambiente
festivo que os rodeia, mas sobretudo entusiasma-me o que se passa dentro do
campo durante os 90 minutos do jogo, com as habilidades dos grandes
futebolistas, os grandes golos e as grandes defesas. Tudo o que decorre à
margem desses 90 minutos não me interessa, porque são negociatas com demasiados
interesses envolvidos ou são conversas e comentários feitos por alienados, mais
ou menos disfarçados de comentadores. Por isso, não me interessam nem acompanho
os longos espaços televisivos a discutir se foi ou não foi penalti, se o
árbitro apitou bem ou mal ou se as equipas devem comprar ou vender jogadores.
Tudo isso faz parte de um negócio de milhões que eu não quero entender, até
porque não percebo de onde vêm tantos milhões.
Porém, o caso de Cristiano Ronaldo
é uma excepção nesse mundo do futebol e, por isso, não deve ser ignorado.
Ronaldo era
jogador da Juventus de Turim e tem 36 anos de idade, que já é uma idade
avançada para um jogador de alta competição, mas foi anunciada a sua
transferência para o Manchester United, o clube que entre 2003 e 2009 o
projectou para a fama e para o sucesso, tendo os seus adeptos entrado em
euforia. Todos pensam que Ronaldo vai ser o dinamizador do ressurgimento dos red devils, que vai tirar o clube da sombra
do seu rival Manchester City e que vai voltar a ser um dos maiores clubes do mundo.
Parece que
Ronaldo vai ser o mais bem pago jogador do futebol inglês e a sua transferência
foi notícia de primeira página com fotografia, pelo menos em duas dezenas de
países e em várias dezenas de jornais. É realmente um fenómeno único, o caso
deste homem que é mais conhecido no mundo do que o seu próprio país.