Aconteceu há dez
anos e o caso continua por desvendar, tendo sido ontem recordado pelo jornal La
Dépêche du Midi, que se publica em Toulouse.
No dia 8 de março
de 2014 o voo MH370 da Malaysia Airlines, operado por um Boeing 777, largou do aeroporto internacional de Kuala Lumpur, na
Malásia, com destino a Pequim, levando a bordo 227 passageiros e 12
tripulantes. Cerca de uma hora depois, quando sobrevoava o golfo da Tailândia
com rumo a Pequim, o avião desapareceu dos radares e deixou de comunicar com terra. As autoridades
chinesas de imediato enviaram navios de busca para a possível área de sinistro,
mas os sinais encontrados e os resultados foram inconclusivos. A área de busca
alargou-se, mas as informações eram desencontradas, com referências a manchas
de óleo e possíveis destroços. Surgiu então a teoria de que o avião alterara a
sua rota e as áreas de busca alargaram-se. Uma semana depois já havia 26 países
envolvidos nas operações de busca com navios e aviões, tanto no mar do Sul da
China como no oceano Índico, recorrendo-se também a vasta informação recolhida
por via satélite. Aceitou-se então que o avião caíra no oceano Índico, mas no
dia 30 de abril as buscas aéreas foram oficialmente encerradas.
Sete meses
depois, iniciou-se uma nova fase de buscas com recurso a novos e mais potentes
sonares, mas no dia 29 de janeiro de 2015, quase onze meses depois do
desaparecimento do voo MH370, foi oficialmente aceite que se tratou de um
acidente e que os 239 ocupantes do avião tinham morrido. Em finais de julho de
2015 foi encontrada uma parte da asa do avião junto da ilha da Reunião e outras
peças do avião firam encontradas no Índico ocidental.
Em Janeiro de
2017 e três anos depois do acidente, as buscas foram oficialmente terminadas.
Terão sido gastos 145 milhões de dólares nas buscas, tendo sido a mais complexa e mais cara operação deste tipo na
história da aviação, mas o mistério continua sem que seja encontrada uma explicação.