sábado, 9 de março de 2024

MH370: um mistério ainda por esclarecer

Aconteceu há dez anos e o caso continua por desvendar, tendo sido ontem recordado pelo jornal La Dépêche du Midi, que se publica em Toulouse.
No dia 8 de março de 2014 o voo MH370 da Malaysia Airlines, operado por um Boeing 777, largou do aeroporto internacional de Kuala Lumpur, na Malásia, com destino a Pequim, levando a bordo 227 passageiros e 12 tripulantes. Cerca de uma hora depois, quando sobrevoava o golfo da Tailândia com rumo a Pequim, o avião desapareceu dos radares e deixou de comunicar com terra. As autoridades chinesas de imediato enviaram navios de busca para a possível área de sinistro, mas os sinais encontrados e os resultados foram inconclusivos. A área de busca alargou-se, mas as informações eram desencontradas, com referências a manchas de óleo e possíveis destroços. Surgiu então a teoria de que o avião alterara a sua rota e as áreas de busca alargaram-se. Uma semana depois já havia 26 países envolvidos nas operações de busca com navios e aviões, tanto no mar do Sul da China como no oceano Índico, recorrendo-se também a vasta informação recolhida por via satélite. Aceitou-se então que o avião caíra no oceano Índico, mas no dia 30 de abril as buscas aéreas foram oficialmente encerradas.
Sete meses depois, iniciou-se uma nova fase de buscas com recurso a novos e mais potentes sonares, mas no dia 29 de janeiro de 2015, quase onze meses depois do desaparecimento do voo MH370, foi oficialmente aceite que se tratou de um acidente e que os 239 ocupantes do avião tinham morrido. Em finais de julho de 2015 foi encontrada uma parte da asa do avião junto da ilha da Reunião e outras peças do avião firam encontradas no Índico ocidental.
Em Janeiro de 2017 e três anos depois do acidente, as buscas foram oficialmente terminadas. Terão sido gastos 145 milhões de dólares nas buscas, tendo sido a mais complexa e mais cara operação deste tipo na história da aviação, mas o mistério continua sem que seja encontrada uma explicação.