Estamos em
vésperas de Natal e sucedem-se as mensagens de amizade e de fraternidade, os
votos de saúde e os desejos de paz. Embora este dia 25 de dezembro seja celebrado pelos cristãos para comemorar o nascimento de Jesus de Nazaré, também
é celebrado por muitas outras comunidades que professam outras religiões, não só pelos seus símbolos e tradições, mas também pelo seu impacto
económico.
O mundo adoptou os
símbolos natalícios como a árvore de Natal, as decorações, algumas iguarias
específicas, as músicas, as luzes e o ritual das trocas de presentes e, num
âmbito mais religioso, não dispensa o presépio nem o culto de muitas tradições
ancestrais de cunho popular, sobretudo nos meios rurais.
No século XIX foi
inventado o Pai Natal, um homem de barba branca que veste um casaco vermelho e
que se desloca num trenó desde a nevada Lapónia, trazendo sacos de presentes para as
crianças, isto é, os brinquedos deixaram de vir pela chaminé para serem colocadas no sapatinho e passaram a
chegar num trenó. A figura lendária do Pai Natal ganhou ainda mais
notoriedade mundial através das campanhas publicitárias da Coca-Cola, que
americanizou o Natal e substituiu o símbolo natalício do presépio cristão por esse trenó puxado por renas. Para isso, também muito contribuiu o espírito
consumista das sociedades contemporâneas que passou a concentrar nesta época o
apelo ao mais desenfreado consumo e à troca de presentes, muitas vezes caros e inúteis. Porém, apesar de todas as mudanças que se
verificam no mundo, o Natal continua a ser um tempo de fraternidade, de paz e
de solidariedade.
Hoje a edição da
prestigiada revista The Economist evoca o Natal. Aqui se aproveita a ilustração da
respectiva capa para desejar um bom Natal a quem nos lê.