Todos os meses, a Caixa Geral de Aposentações faz publicar no Diário da República – 2ª Série, a Lista Mensal dos novos aposentados da Função Pública, com a indicação do valor da respectiva pensão, a qual também é divulgada no site da CGA.
Na Lista referente ao mês de Junho de 2011, que já foi divulgada, lá estão 21 páginas de novos aposentados, com pensões que oscilam entre os 19,19 euros atribuídos a um “aspirante provisório” e os 5.769,46 euros que passarão a contemplar mensalmente um “chanceler (quadro externo)” do Ministério dos Negócios Estrangeiros.
A Caixa Geral de Aposentações gasta actualmente mais de 8 mil milhões de euros anuais em pensões, dos quais cerca de 350 milhões de euros se destinam a cerca de cinco mil aposentados, que recebem reformas acima dos quatro mil euros mensais. São as reformas douradas, como se lhes refere a Imprensa, que continuam a aumentar e que favorecem especialmente alguns funcionários do Ministério da Justiça.
Certamente que os montantes das pensões da CGA estarão calculados de acordo com a lei e com as carreiras contributivas dos beneficiários, mas a sua enorme disparidade é muito chocante, para além de contribuírem para agravar as desigualdades e a coesão social. Então, porque não alterar a lei?