terça-feira, 28 de maio de 2013

Prémio Camões 2013 distingue Mia Couto

Foi ontem anunciado no Rio de Janeiro o nome do vencedor do prémio literário mais importante da criação literária da língua portuguesa: o biólogo e escritor moçambicano António Emílio Leite Couto, mais conhecido pior Mia Couto. Nascido em 1955, na cidade da Beira, no seio de uma família de emigrantes portugueses, o premiado integrou na sua juventude o movimento pela independência de Moçambique. Depois de ter interrompido os seus estudos de Medicina foi jornalista e, de volta à universidade, formou-se em Biologia. Em 1983 publicou o seu primeiro livro e, desde então, tem publicado regularmente em Portugal, expressando-se através de diferentes géneros literários, sobretudo o romance, mas também através de crónicas e de poesia. Mia Couto é o segundo autor de Moçambique a ser distinguido, depois de em 1991 ter sido premiado José Craveirinha.
O Prémio Camões foi instituído em 1988 pelos governos do Brasil e de Portugal e é atribuido anualmente aos autores que tenham contribuido para o enriquecimento do património literário e cultural da língua portuguesa. Até agora, nas suas 25 edições, o Prémio Camões foi atribuído a dez autores de Portugal e do Brasil, enquanto Angola e Moçambique tiveram dois escritores premiados e Cabo Verde um. Este ano, segundo revela o jornal Público, o Prémio Camões teve o valor pecuniário de cem mil euros.