Foi ontem anunciado no Rio de Janeiro o nome do
vencedor do prémio literário mais importante da criação literária da língua
portuguesa: o biólogo e escritor moçambicano António Emílio Leite Couto, mais
conhecido pior Mia Couto. Nascido em 1955, na cidade da Beira, no seio de uma
família de emigrantes portugueses, o premiado integrou na sua juventude o
movimento pela independência de Moçambique. Depois de ter interrompido os seus estudos
de Medicina foi jornalista e, de volta à universidade, formou-se em Biologia. Em
1983 publicou o seu primeiro livro e, desde então, tem publicado regularmente
em Portugal, expressando-se através de diferentes géneros literários, sobretudo
o romance, mas também através de crónicas e de poesia. Mia Couto é o segundo
autor de Moçambique a ser distinguido, depois de em 1991 ter sido premiado José
Craveirinha.
O Prémio Camões foi instituído em 1988 pelos governos do Brasil e de
Portugal e é atribuido anualmente aos autores que tenham contribuido para o
enriquecimento do património literário e cultural da língua portuguesa. Até
agora, nas suas 25 edições, o Prémio Camões foi atribuído a dez autores de Portugal
e do Brasil, enquanto Angola e Moçambique tiveram dois escritores premiados e
Cabo Verde um. Este ano, segundo revela o jornal Público, o Prémio Camões teve
o valor pecuniário de cem mil euros.
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