O secretário-geral das Nações Unidas,
António Guterres, receberá esta manhã o Prémio Europeu Carlos V no Mosteiro de
San Jerónimo de Yuste, numa cerimónia presidida pelo rei Filipe VI e a que
assistirão o presidente e o primeiro-ministro de Portugal. O prémio foi-lhe
atribuído pela Fundação Academia Europeia e Ibero-americana de Yuste que, desde
1995, homenageia o trabalho de pessoas, organizações, projectos ou iniciativas
que, com o seu esforço e dedicação, tenham contribuído para o conhecimento geral
e valorização dos aspectos culturais, sociais, científicos e dos dados
históricos na Europa, bem como do processo de construção e integração
europeia, representando o espírito de construção de uma Europa unida, justa,
igualitária e livre.
O prémio atribuído
a António Guterres fundamenta-se na "su
acreditada, amplia y larga trayectoria de vida dedicada al compromiso social,
el proceso de construcción europea, la promoción del multilateralismo y la
dignidad humana como núcleo de su trabajo, abordando retos y crisis
globales".Hoje o jornal El
País destaca a entrega deste prestigioso prémio a António Guterres e
publica uma entrevista na qual reconhece as dificuldades para se encontrar a
paz na Ucrânia e a ameaça que as alterações climáticas representam para a
humanidade.
Até agora, os
galardoados com o Prémio Carlos V foram os seguintes: Jacques Delors (1995);
Wilfried Martens (1998); Felipe González (2000); Mijaíl Gorbachov (2002); Jorge
Sampaio (2004); Helmut Kohl (2006); Simone Veil (2008); Javier Solana (2011);
José Manuel Durão Barroso (2014); Sofia Corradi (2016); Marcelino Oreja Aguirre
(2017); Antonio Tajani (2018); o projecto “Itinerários Culturais do Conselho da
Europa” (2019), Angela Merkel (2021) e o Foro Europeu da Deficiência (2022), o que significa que três portugueses já receberam o Prémio Carlos V. Aqui fica o meu aplauso para António Guterres!