Ontem, quando escrevi sobre a EDP, cometi um lapso. O supervisor Catroga, ou seja, o futuro presidente do conselho geral e de supervisão da EDP, não vai propriamente ter “mais uma mordomia”, pois segundo refere o Correio da Manhã irá receber “um salário milionário”, isto é, 639 mil euros anuais, que foi o montante ganho pelo seu antecessor em 2010, conforme indica o relatório sobre o governo da sociedade.
Os outros 22 membros do conselho geral e de supervisão, porque não desempenharão funções a tempo inteiro, apenas ganharão 57 mil euros por ano. Por mês, o amigo do venerando Chefe do Estado que tanto contribuiu para derrubar o anterior governo, terá um ordenado superior a 45 mil euros, que acumulará com uma pensão de mais de 9.600 euros, além de ter direito a um PPR no valor de 10% do seu salário anual e às habituais regalias deste tipo de cargos.
Confrontado com estes números, o premiado com esta lotaria disse que vai descontar cerca de 50% destes montantes e que o valor da sua pensão, resulta de 60 anos de descontos. É caso para lhe perguntar se os outros portugueses também não descontam ou não descontaram.
A estratégia da EDP vai ser traçada pelos chineses e não é nenhum catroga a defini-la. Esta supervisão é uma farsa e, por isso, houve quem se recusasse a entrar nela, pelo que daqui vai o meu elogio para Luís Amado e para Edmundo Ho.
Finalmente, uma palavra de solidariedade aos consumidores – os servos – que irão ver as suas facturas aumentadas para alimentar esta gente – os senhores feudais – num tempo de grandes dificuldades.
Haja bom senso na EDP!