O ciclista
esloveno Tadej Pogacar completa hoje 22 anos de idade e ontem ganhou a 107ª
edição da Volta à França. Desde 1904 que o Tour
não tivera um vencedor tão jovem e a imprensa que acompanhou a prova não poupa
nos adjectivos com que o classifica, pois Pogacar cometeu a proeza de bater o
seu compatriota e super-favorito Primoz Roglic, mas também de ganhar três das
quatro classificações importantes - a camisola amarela, a camisola branca e a
camisola de líder da montanha – o que só o lendário ciclista belga Eddie Merckx
tinha conseguido. Foram percorridos 3.482 quilómetros em 21 etapas, foram
subidas muitas montanhas nos Pirinéus e nos Alpes, mas acabou por ser no
contra-relógio do penúltimo dia e nuns escassos 36 quilómetros, que tudo se
decidiu entre os dois eslovenos.
A Eslovénia está
em festa e a partir de ontem tem um novo herói nacional.
Tadej Pogacar
teve a sua primeira vitória como profissional em 2019 na Volta ao Algarve, que
o seu compatriota Primoz Roglic vencera em 2017. Sucederam-se outras vitórias e
esta ano estreou-se na Volta à França, vestindo a camisola da UAE Team Emirates. A cobertura
televisiva esteve à altura do grande acontecimento desportivo e, apesar da
agressividade da pandemia em toda a França, o público acorreu às estradas para
ver a prova favorita dos franceses.
Terminaram a
corrida 146 ciclistas e o português Nelson Oliveira foi muito discreto e,
certamente, fez tudo o que os seus patrões lhe encomendaram. Chegou ao fim da prova
no 55º lugar a três horas e um minuto de Tadej Pogacar.