No próximo dia 17 de Janeiro tem início o Open da
Austrália, um dos quatro torneios de ténis que constituem o Grand Slam e que são os
mais importantes da modalidade, tanto pelos seus avultados prémios em dinheiro,
como pela atracção que suscitam nos mass
media e no público. No seu historial destacam-se os nomes do sérvio Novak
Djokovic, nove vezes vencedor do torneio e actual número um do ranking mundial, mas também do suíço
Roger Federer que conseguiu seis vitórias. Ambos têm vinte vitórias nos
torneios do Grand Slam, tal como o espanhol Rafael Nadal. Com 40 anos de idade, Federer não competirá em
Melbourne pois estará em vésperas de se retirar; com 35 anos de idade, Nadal já
está na Austrália para se preparar para uma eventual segunda vitória; com 34 anos de idade, Novak Djokovic foi
impedido de entrar em território australiano por não estar vacinado contra o covid-19, tendo ficado retido no
aeroporto durante várias horas e depois sido levado para um hotel nos subúrbios de
Melbourne, que é usado para a detenção de imigrantes. O orgulho sérvio foi
ferido, mas a lei australiana obriga a que quem queira entrar no país tenha
sido antes vacinado contra o covid-19.
Aleksander Vucic, o presidente da Sérvia, tratou de protestar mas Scott Morrison, o primeiro-ministro australiano, já veio afirmar que ninguém está
acima da lei, enquanto um seu ministro afirmou que só porque se é rico, não se pode
viajar pelo mundo contrariando as leis das outras nações. Um tribunal decidirá
na segunda-feira sobre a deportação de Novak Djokovic, como refere o jornal
australiano The West Australian que se publica em Perth, mas a opinião
pública australiana vem acusando as autoridades de terem dois pesos e duas
medidas, umas para os ricos e outras para os outros. O caso assumiu contornos
diplomáticos e está a interessar meio mundo, enquanto o tenista alemão Alexander Zverev
e o russo Daniil Medved espreitam a sua oportunidade.