Menos de duas
semanas depois da Coreia do Norte ter levado a efeito o seu segundo teste com
um míssil de longo alcance, que parece ter sido bem sucedido, as forças navais
chinesas realizaram um programa de exercícios ofensivos e defensivos em que
participaram navios de superfície, submarinos, aviação naval e forças da guarda
costeira chinesa. Esses exercícios realizaram-se no mar Amarelo, que separa a costa
oriental da República Popular da China da costa ocidental da península da
Coreia e, segundo foi anunciado, visaram testar o grau de treino táctico e
operacional chinês, as suas armas e as suas tropas de desembarque, tendo
incluído intercepção aérea e assaltos anfíbios. Os analistas têm defendido que estes
exercícios foram uma advertência ao regime de Pyongyang e uma clara mensagem a
informar que a República Popular da China não se alheará do que possa acontecer
na região, sobretudo se a ameaça de guerra se vier a concretizar. Porém,
certamente estes exercícios também foram um aviso para os Estados Unidos e para
Donald Trump, a lembrar-lhes que naquela região ninguém poderá ignorar as
forças navais chinesas.
Na primeira
página da sua edição de hoje, o jornal South China Morning Post que se
publica em Hong Kong, destacou uma fotografia dos exercícios realizados, na
qual se observam duas unidades navais chinesas a disparar osseus mísseis. Quer
dizer que a República Popular da China se continua a afirmar como uma grande
potência militar e a avisar, tanto Pyongyang como Washington.