Terminou o Tour
de France 2014 com a vitória incontestável do ciclista italiano
Vincenzo Nibali. Desde o triunfo de Marco Pantani em 1998 que nenhum italiano
vencera aquela centenária prova ciclista e, por isso, foi um acontecimento
desportivo que despertou uma enorme onda de entusiasmo na Itália, com a fotografia de Nibali a encher as
páginas dos jornais. Apesar do mérito da vitória, ninguém esquece que os dois
grandes favoritos - o espanhol Alberto Contador e o inglês Christopher Froome -
abandonaram a corrida devido a quedas e que isso acabou por facilitar a vitória
de Nibali. A participação portuguesa foi positiva, embora o campeão do mundo
Rui Costa também tivesse desistido por doença.
A nossa televisão
voltou a dar uma alargada cobertura à prova com apropriados e sábios comentários
do antigo ciclista Marco Chagas, a fazer inveja aos inúmeros jornalistas
profissionais que não fazem nenhuma ideia do que é comentar ou relatar um simples
jogo de futebol.
Porém, para além
dos aspectos desportivos, o que mais impressionou nas reportagens diárias sobre
o Tour de France foi a excelência da
realização televisiva, que prestou um grande serviço ao turismo francês ao
mostrar diariamente “uma França vista do céu” e que hoje nos exibiu a monumentalidade da cidade de Paris vista do ar. Ao longo de todas as
reportagens, foram exibidas muitas sequências de imagens de montanhas e vales, de
cidades e vilas, de castelos e igrejas, de aquedutos e pontes, de explorações
agrícolas e de florestas, para além de estâncias de montanha, palácios, cemitérios
das guerras e mil outras curiosidades culturais ou turísticas.
Além de tudo isso, as reportagens televisivas conseguiram sempre transmitir o entusiasmo
dos franceses ao longo das estradas e no cimo das montanhas, a atestar que o Tour de France é realmente um espectáculo desportivo e uma grande festa
popular.