A última edição
do Jornal
de Letras, Artes e Ideias (JL) destaca a frase Tempo de Festivais como título de primeira página e, em subtítulo, a
frase Música erudita por todo o país.
Com a chegada do Verão e do irresistível apelo para usufruir das agradáveis noites
estivais, os festivais levam a música a muitos palcos espalhados por todo o
país. Nesse aspecto, a música popular e a música pop-rock, mas também o fado, são os tipos de música que mais anima
as festas e as romarias, mas o facto é que a música erudita parece ganhar cada
vez mais audiências, não só nas cidades do litoral, mas também em zonas do
interior.
Neste Verão,
segundo informa o JL, estão anunciados festivais de música erudita
um pouco por todo o país, muitas vezes com apresentação em espaços patrimoniais de
excelência – igrejas, castelos e praças medievais - designadamente em Lisboa,
Estoril, Cascais, Sintra, Óbidos, Leiria, Coimbra, Gaia, Espinho, Oliveira do
Douro, Póvoa de Varzim, Santarém, Moura, Marvão, Castelo Novo e Alpedrinha,
entre outras localidades.
De entre os
festivais anunciados destaca-se o Cistermúsica,
que decorrerá até 27 de Julho e que “levará a Alcobaça seis séculos de
música para ouvir em mais de vinte e cinco espetáculos”. Entre os atrativos do
programa alcobacense contam-se, pela primeira vez, dois alaudistas - Hopkinson
Smith (num recital de tiorba dedicado a suites de Bach) e Miguel Yisrael (que
tocará Beethoven, Britten, Webern e Debussy) - ou a estreia moderna de um requiem do século XVI, conservado na Biblioteca
de Coimbra.
Não deixa de ser curioso e merecer justo aplauso, a verificação de uma
atitude de crescente interesse e dinamismo das organizações culturais da
sociedade civil, dos agentes culturais e dos músicos, das autarquias e dos patrocinadores,
para dar resposta a uma maior procura cultural e estética dos novos públicos,
em sintonia com a melhoria do nível educacional da nossa população.