Almada Negreiros, Retrato de Fernando Pessoa, 1964, FCG. |
A
Fundação Calouste Gulbenkian apresenta-nos desde há uma semana uma exposição de
Almada Negreiros que tem por título “José de Almada Negreiros: uma
maneira de ser moderno”, que é uma homenagem a um autor de
talento que marcou o século XX em Portugal.
A obra de Almada Negreiros desdobrou-se por diferentes artes e formas, sempre com um sentido de inovação e de modernidade expressos na pintura, no desenho, na literatura ou no teatro. A exposição reflecte a sua diversidade artística e apresenta um vasto conjunto de obras que evidenciam a sua abordagem complexa, experimental e contraditória da modernidade, com evidentes sinais da sua ligação com os trabalhos que fez em parceria com arquitectos, escritores, editores, músicos, cenógrafos ou encenadores.
A obra de Almada Negreiros desdobrou-se por diferentes artes e formas, sempre com um sentido de inovação e de modernidade expressos na pintura, no desenho, na literatura ou no teatro. A exposição reflecte a sua diversidade artística e apresenta um vasto conjunto de obras que evidenciam a sua abordagem complexa, experimental e contraditória da modernidade, com evidentes sinais da sua ligação com os trabalhos que fez em parceria com arquitectos, escritores, editores, músicos, cenógrafos ou encenadores.
A
exposição é completa, bem dimensionada e tem o apoio de um excelente catálogo, sendo apresentada num espaço amplo e apropriado, como a
obra do artista merece e o público aprecia. Da sua obra móvel está lá tudo,
desde os óleos pintados para a Alfaiataria Cunha, passando pelos seus
auto-retratos e pelos seus numerosos estudos inspirados na geometria, até aos dois famosos retratos de Fernando Pessoa
pintados em 1954 para o Restaurante Irmãos Unidos e em 1964 por encomenda da
Fundação Gulbenkian.
Um mapa indica-nos a outra face da obra de Almada,
dispersa por Lisboa e que, por exemplo, podemos ver nos frescos murais das Gares Marítimas de
Alcântara e da Rocha de Conde de Óbidos, nos vitrais da igreja de Nossa Senhora
de Fátima, nas fachadas dos edifícios da Cidade Universitária ou, até ali ao
lado, no mural em pedra gravada que decora o hall principal da sede da Fundação
Gulbenkian.
A obra de Almada Negreiros merece ser conhecida e esta exposição é imperdível,
podendo ser visitada até ao dia 5 de Junho.